Acre detecta foco de praga do tipo Moniliophthora roreri, também conhecida como monilíase do cacaueiro
Recentemente, foi detectado no Acre um foco de praga do tipo Moniliophthora roreri, também conhecida como monilíase do cacaueiro. O local fica em uma área residencial urbana do município de Cruzeiro do Sul, no interior do estado.
Acre detecta foco de praga
O Acre detecta foco de praga especialmente em plantações de cacau e cupuaçu. A confirmação se deu por meio de análise laboratorial, realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiânia (LFDA/GO). Já as amostras foram colhidas pela equipe do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF/AC). Isso ocorreu logo após um cidadão local acionar o instituto depois de observar os sintomas da doença. Sendo assim, foram informados nas campanhas institucionais de educação fitossanitária, em frutos de cacau e cupuaçu.
Medidas cabíveis de contingência
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está adotando as medidas cabíveis de contingência. Além disso, eles contam com o apoio das demais instituições oficiais de Sanidade Vegetal e de pesquisa. Equipes do governo irão ao local para a ampliação dos monitoramentos de detecção da praga, delimitação da área afetada e adoção imediata de ações de contenção e erradicação. O objetivo é evitar sua disseminação para as áreas cultivadas de cacau e cupuaçu no país. Relembre aqui dicas de pós-colheita de cultivares para evitar ação de pragas.
O que é monilíase?
A monilíase é uma doença que afeta plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma cacao L.) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum). Além disso, ela causa perdas na produção e uma elevação nos custos por conta da necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga.
De acordo com Graciane de Castro, coordenadora-geral de Proteção de Plantas:
“Esta é uma doença que atinge somente as plantas hospedeiras do fungo, sem riscos de danos à saúde humana e que, apesar do foco detectado se encontrar distante das principais regiões produtoras, devido ao seu potencial de danos às culturas que atinge, é de fundamental importância a notificação imediata de quaisquer suspeitas de ocorrência da praga nas demais regiões do país às autoridades fitossanitárias locais.”
Outros países
Contudo, este tipo de praga se encontra em outros países da América do Sul, como Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru, ressalta Graciane:
“Tendo em vista seu potencial impacto nos cultivos de cacau e cupuaçu, tanto os estados localizados na região fronteiriça do norte do país quanto os principais estados produtores encontram-se sob ações de prevenção e vigilância permanente, realizadas pelo Mapa e Órgãos Estaduais de Sanidade Vegetal.”
Pandemia
Mesmo em meio à pandemia de covid-19, as equipes de vigilância e educação fitossanitária, relativas à praga continuaram em campo.
Só em 2020, foram realizados 1.600 monitoramentos preventivos nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Rondônia e Roraima.
Por fim, as ações de investigação e de contingência estão previstas no Plano Nacional de Prevenção e Vigilância de Moniliophthora roreri, instituído pela Instrução Normativa nº 112/2020.
*Foto: Divulgação