São Paulo (Reuters) – Os elevados preços da gasolina no Brasil e o desenvolvimento do cenário econômico em 2019, estão estimulando a perspectiva para a comercialização de etanol.
Assim, as usinas podem mais uma vez ir em direção ao biocombustível e distante do açúcar, tão logo a nova safra de cana se aproxima.
O etanol continua mais atrativo neste período e as usinas possivelmente irão beneficiar a produção do biocombustível, com a colheita de cana de 2019/20 da região centro-sul, que começa em abril, segundo divulgação de especialistas do setor.
As usinas brasileiras utilizaram em 2018 apenas 35 por cento da cana para a produção de açúcar, taxa abaixo da média.
O restante foi consumido pela produção de etanol, de acordo com as vendas do combustível hidratado, que compete com a gasolina nas bombas, progrediram 42 por cento, e ainda tentando fugir do baixo valor global do açúcar.
Caso esta situação se repita neste ano, dará mais energia para uma transformação no mercado global do açúcar, de um excedente para um déficit.
Por outro lado, a Petrobras elevou os preços da gasolina nas refinarias várias vezes durante o mês de fevereiro em decorrência dos valores mais altos do petróleo.
Essa agitação no mercado abre espaço para que os preços do etanol também aumentem, aprimorando as margens de lucro das usinas.
Segundo o CEO da Raízen, Luís Henrique Guimarães, maior produtora mundial de açúcar e líder da produção de etanol no Brasil, afirmou que a demanda por combustível no país deve crescer em 2019 pela primeira vez em três anos.
A corretora e consultoria INTL FCStone estima que os preços atuais do etanol em São Paulo, maior mercado de combustíveis do país, estejam equivalentes a um possível valor de 14,39 dólares por libra-peso do açúcar, em relação aos contratos futuros de Nova York.
Fonte: Reauters
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