Empresa Buser, conhecida como “Uber dos ônibus”, utiliza tecnologia de câmera capaz de detectar níveis de cansaço dos motoristas
A Buser, plataforma de transportes colaborativos que ficou conhecida como um “Uber de ônibus” começou a utilizar tecnologia de câmera capaz de detectar níveis de cansaço dos motoristas.
A ideia do sensor de fadiga utilizado pela Buser é o de indentificar motoristas desatentos ou sobrecarregados. Sendo assim, estes condutores poderão ser substituídos durante uma viagem. E isso tudo sem colocar os passagereiros e os próprios motoristas em risco.
Buser – como funciona a tecnologia
O equipamento da Buser funciona da seguinte maneira: para identificar o padrão de comportamento do motorista, o sensor de fadiga presente na câmera faz um reconhecimento facial e comportamento de piscada nos primeiros 5 minutos de monitoramento.
Após esta verificação, o sistema percebe uma movimentação diferente, como uma piscada mais demorada ou uso indevido de celular ao volante. Em seguida, um alerta é enviado a uma central de atendimento da empresa.
Acompanhamento remoto
O motorista é então acompanhado remotamente pela central até o ponto de apoio mais próximo. Na sequência, ele poderá ser substituído por outro motorista, caso necessário.
De acordo com a Buser, entre a constatação do problema e a sua resolução são, em média, dois minutos.
Mas e a privacidade?
A plataforma garante que o uso do senso de fadiga não abusa do direito à privacidade dos motoristas. Prova disso é que a câmera só é acionada quando o veículo está ligado e em velocidades a partir de 10 km/h.
A gravação das imagens só começa quando o motorista comete algum ato de desatenção. Caso nenhum comportamento diferente aconteça, a gravação não fica salva.
Segundo o diretor de segurança e qualidade da empresa, Rodrigo Souza, a câmera não identifica o condutor. Isso porque o sistema não usa nome, CPF ou qualquer outro dado pessoal do motorista monitorado:
“Nós só identificamos o motorista por meio da plataforma administrativa Buser. O acesso às imagens é restrito ao time de segurança.”
Parceria com a Buser
Os ônibus parceiros não possuem nenhum gasto em relação a esse sistema de câmeras. A aquisição, instalação, manutenção do equipamento e monitoramento do sistema são pagos pela Buser.
Além disso, Souza garante que os ônibus que utilizarem esta tecnologia não serão mais caros:
“O valor das viagens dentro da modalidade fretamento colaborativo é definido de acordo com o volume de passageiros.”
Quem já possui o sistema
A empresa afirma que mais de 250 ônibus parceiros já contam com o equipamento. Ele passou a ser utilizado em fase de testes e agora já é padrão nos veículos parceiros da plataforma.
Sistema de telemetria
Por fim, a Buser oferece ainda ônibus com sistema de telemetria, que monitora a velocidade do veículo em tempo real; e cursos online de reciclagem para condutores que mais acumulam advertências, seja por alta velocidade, uso indevido de celular ou outra imprudência.
*Foto: Divulgação