Cálculo sobre oferta de Créditos de Descarbonização foi realizada pela UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar)
Recentemente, a UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) fez cálculos que indicam que a oferta de Créditos de Descarbonização (CBIOs) para as distribuidoras deve ser 15% acima da meta estabelecida pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) em 2020. Portanto, o índice supera 18 milhões de títulos. Para isso, foi considerado o volume de etanol certificado que deve ser negociado nas próximas semanas.
Créditos de Descarbonização (CBIOs)
No dia 19 de novembro, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) anunciou que a Plataforma CBIOs havia validado 15 milhões de CBIOs. Tal valor supera a marca dos 14,9 milhões de CBIOs necessários para o cumprimento das metas de descarbonização estabelecidas para os anos de 2019 e 2020. Isso tudo no âmbito da Política Nacional de Biocombustíveis – RenovaBio.
Por enquanto, o sistema da Bolsa de Valores aponta que 8,6 milhões de CBIOs já foram adquiridos por distribuidora. Já outros 6,3 milhões de títulos estão disponíveis no mercado. Sobre isso, o presidente da UNICA, Evandro Gussi, avalia:
“O fato de o RenovaBio estar sendo bem-sucedido em um ano como este comprova o comprometimento dos produtores de biocombustíveis e do Governo Federal com a descarbonização e o combate às mudanças climáticas. Trata-se de uma conquista da sociedade brasileira como um todo, com reflexos para todo o mundo.”
Vale ressaltar que em julho, os créditos de carbono foram prejudicados em razão da pandemia de Covid-19. Ainda no mesmo mês, a Petrobras anunciou que venderia a PBIO, com início das ofertas em agosto. A estatal reforçou à época que entre as vantagens da venda estava a plataforma sustentável e certificada a fim de monetizar créditos de descarbonização (CBIOS).
Ministério de Minas e Energia + ANP
Além disso, Gussi também disse que é preciso valorizar a atuação do Ministério de Minas e Energia e da ANP nesta situação:
“Precisamos destacar o trabalho sério realizado pelo Ministério de Minas e Energia, pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e pelo Conselho Nacional de Política Energética na implementação da política e no processo de adequação das metas de descarbonização para a nova realidade trazida pela pandemia.”
RenovaBio
Contudo, a Política Nacional de Biocombustíveis – RenovaBio foi criada para atingir parte das metas de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) estipuladas pelo Brasil no âmbito do Acordo de Paris.
Além disso, o programa compara a pegada de carbono dos diferentes biocombustíveis em seu ciclo de vida (da produção à queima no veículo). O objetivo é mensurar a redução de emissões proporcionada frente à alternativa fóssil. E ainda estipula metas decenais de descarbonização. Ou seja, elas são cumpridas com o aumento do uso de combustíveis renováveis e a venda de créditos de carbono (CBIO). Já a meta compulsória para a parte referente a 2020 é de 14,5 milhões de CBios.
*Foto: Divulgação