Etanol de segunda geração, conhecido como etanol celulósico, integra cenário energético global
O etanol de segunda geração (E2G), também conhecido como etanol celulósico, se tornou uma alternativa promissora no cenário energético global. Ao longo deste arigo, entenda seu modo de produção.
Etanol de segunda geração
Produzido a partir de resíduos agrícolas, como bagaço e palha de cana-de-açúcar, o etanol de segunda geração oferece uma solução renovável e de baixo impacto ambiental, alinhando-se às metas globais de descarbonização. No Brasil, o setor tem apresentado conquistas significativas nos últimos anos, com grandes avanços em pesquisa por empresas como Petrobras e Raízen, consolidando o País como um dos líderes na produção e desenvolvimento de tecnologia para o E2G.
Plantas comerciais de E2G
Desde a inauguração das primeiras plantas comerciais de E2G no País, como as unidades da Raízen e da GranBio, o Brasil vem aprimorando seus processos produtivos. Neste caso, o uso de enzimas mais eficientes e melhorias na fermentação e no aproveitamento de biomassa são exemplos de inovações que têm contribuído para elevar a produtividade e minimizar gastos. De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a produção cresceu 20% entre 2023 e 2024, com previsão de expansão até o final da década.
Além disso, o E2G também agrega valor aos resíduos da cadeia sucroenergética. Já a produção minimiza expressivamente as emissões de gases de efeito estufa. E tudo isso contribui para que o país atinja seus compromissos no âmbito do Acordo de Paris.
Estudos acerca do etanol celulósico
Todavia, estudos sinalizam que, em comparação ao etanol convencional, o celulósico pode reduzir até 90% das emissões relacionadas ao ciclo de vida do combustível. O E2G é pertence ao Brasil, uma vez que é uma tecnologia proprietária, brasileira e patenteada.
Desafios
Por outro lado, mesmo com as boas notícias, o setor ainda enfrenta desafios associados ao alto custo de produção e à escala comercial. Isso porque a competitividade do E2G depende de investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento, e também de políticas públicas que estimulem sua adoção. Recentemente, o governo brasileiro lançou programas como o RenovaBio, que promove créditos de descarbonização (CBIOs) para produtores de biocombustíveis, criando um ambiente mais favorável para o E2G.
Fonte: Foto de petrmalinak na Freepik