HC Gaspar Vianna realizou mais de 900 atendimentos em 2024; e fortalece o cuidado especializado às populações tradicionais
O Governo do Pará, através da equipe multiprofissional de atenção à saúde mental da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), realizou 914 atendimentos em aldeias indígenas e comunidades quilombolas ao longo de 2024.
Atendimento do HC Gaspar Vianna
A demanda do HC Gaspar Vianna ocorreu graças a um pedido da Secretaria dos Povos Indígenas (SEPI) após relatos de situações associadas a transtornos mentais, além do uso de álcool e drogas, entre indígenas da comunidade. Sendo assim, a equipe multiprofissional do HC trata o paciente para além dos sintomas, trabalhando e dando assistência em suas necessidades sociais, a partir de um sistema integrativo desenvolvido pelos profissionais da atenção à saúde mental, especializados em média e alta complexidade.
Atividades
Neste mês de dezembro aconteceu atividades nas aldeias indígenas das etnias Xikrin e Gavião, no Sudeste do Pará. A iniciativa faz parte do programa Saúde Por Todo o Pará, da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e atendeu mais de 440 pessoas nas aldeias Kateté e Djudjekô, em Parauapebas, e Kyikatêjê, Parkatejê, Kriamretijê e Metyitikatejê, localizadas em Bom Jesus do Tocantins.
As atividades incluíram atendimentos individuais, terapias manuais, atividades físicas adaptadas, atendimento integrado para situações de vulnerabilidade e ações educativas em saúde. Vale lembrar que a Terra Indígena Mãe Maria, da etnia Gavião, que sofreu graves incêndios este ano, foi uma das localidades prioritárias. Tais incêndios destruíram casas, plantações e provocaram grande impacto na saúde mental dos indígenas, sobretudo crianças e idosos.
Atenção aos povos originários da Amazônia
Com a realização da COP 30 em Belém em 2025, ações como essas reforçam o compromisso do Governo do Pará em promover a saúde integral dos povos originários da Amazônia. É preciso ressaltar ainda a preservação ambiental e dos direitos das populações tradicionais, e tais iniciativas antecipam o protagonismo que o Pará terá no cenário global, especialmente no cuidado com as comunidades que vivem na região.
Vale reforçar que em relação à Floresta Amazônica, a Organização Social Pró-Saúde também oferece serviços de gestão hospitalar com iniciativas que levam atendimento médico humanizado às comunidades indígenas nestas regiões; com estrutura e atendimento que garante o respeito e a preservação dos 6 mil indígenas que vivem na região.
Ação de saúde mental
Neste ano, foi a primeira vez que o governo paraense levou ações de saúde mental direcionada a comunidades indígenas e quilombolas. Nestes meses, as equipes do HC desempenharam 914 atendimentos em localidades de difícil acesso.
As ações iniciaram em março, na aldeia Trocará, da etnia Assurini, que fica no município de Tucuruí, com 120 pessoas atendidas. Na sequência, as cidades de São Geraldo do Araguaia e São Domingos do Araguaia receberam a equipe, atendendo 265 pessoas das aldeias Yetá, Itahy, Akamassyron e Sororó. No quilombo de Cachoeira do Piriá, foram realizados 82 atendimentos nas comunidades Camiranga, Bela Aurora e Itamoari.
A última fase ocorreu no Sudeste paraense com 447 atendimentos nas aldeias Xikrin e Gavião. A equipe aborda as particularidades socioculturais das comunidades, uma vez que é fundamental ter do saber histórico e cultural ao científico para garantir um atendimento humanizado e eficaz.
Impacto
A ação, amplamente reconhecida pelas comunidades contempladas, vai além da saúde mental, oferecendo também serviços especializados, como consultas médicas em pneumologia, clínica geral, pediatria e ginecologia, e também a realização de exames laboratoriais, distribuição de kits odontológicos e encaminhamentos para próteses.
Fonte: Foto de