Promessa de cura da Covid-19 pelo uso de álcool adulterado, que contém metanol, é altamente tóxico para seres humanos, e resultaram nas mortes registradas em 20 de fevereiro e 7 de abril
Na semana passada, o conselheiro do Ministério da Saúde do Irã, Hossein Hassanian, informou que pelo menos 728 pessoas morreram no país após ingerirem uma bebida alcoólica alterada, que “prometia” cura da Covid-19 (Sars-CoV-2).
Metanol adulterado prometia cura da Covid-19
De acordo com o representante iraniano, 203 pessoas foram a óbito fora dos hospitais, o que significou um aumento no número oficial de 525 mortos, divulgado dias antes. Até o momento, existe mais de cinco mil pessoas internadas com a intoxicação pela ingestão do metanol adulterado.
As mortes foram registradas entre 20 de fevereiro e 7 de abril deste ano, no auge da pandemia do novo coronavírus. Em 2019, neste mesmo período, foram 66 óbitos decorrentes do consumo deste tipo de bebida.
Álcool extremamente tóxico aos seres humanos
Segundo as autoridades do país, a bebida ingerida pelas vítimas contém metanol, que é um tipo de álcool altamente tóxico apara os seres humanos. A comercialização de bebidas alcoólicas está proibida por todo o território. Porém, o governo vem recebendo inúmeras denúncias de relatos de contrabando desta bebida.
Até o dia 29 de abril, o Irã contabilizou 93.657 pessoas infectadas pela Covid-19 e registrou 5.957 mortes decorrentes da doença. O país é um dos 10 mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus, segundo dados divulgados pelo Centro Universitário Johns Hopkins.
Fonte: jornal Estado de Minas – com dados da agência italiana ANSA
*Foto: Divulgação / Atta Kenare / AFP