Os dados da moagem de cana de açúcar são da União da Indústria de cana-de-açúcar; combustível produzido a partir da cana registrou queda de 1,8%
A produção de etanol de milho tem sido importante para manter o crescimento do setor no Centro-Sul do Brasil, apesar da queda na moagem de cana-de-açúcar. De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), a fabricação do biocombustível a partir do milho cresceu 30%, enquanto o etanol produzido com cana registrou queda de 1,8%.
Moagem de cana-de-açúcar
Até a primeira quinzena de janeiro, 19,5% do etanol fabricado no país teve o milho como base, e a previsão é que essa participação suba para 23% a 24% até o fim da safra, em março. Contudo, no mesmo período, a moagem de cana-de-açúcar sofreu queda de 4,85%, totalizando 613,998 milhões de toneladas.
Sem competição
De acordo com a Unica, a ampliação do etanol de milho complementa a produção de cana, permitindo a fabricação ao longo de todo o ano e aproveitando subprodutos, como o DDG (grãos secos de destilaria), usado na ração animal.
Além disso, a presidência da Unica destacou que os dois tipos de etanol podem crescer sem competir entre si ou com a produção de açúcar.
Demanda de SAF
Por outro lado, a liderança do Brasil no setor de biocombustíveis também se fortalece diante da crescente demanda pelo SAF (Sustainable Aviation Fuel), o combustível sustentável de aviação. Neste caso, a instituição diz que se toda a demanda projetada de SAF fosse suprida com etanol, seriam necessários quase 1 trilhão de litros. Mesmo com estimativas mais conservadoras de 200 a 300 bilhões de litros, a produção mundial precisaria triplicar.
Por fim, a Unica também prevê ganhos futuros de eficiência e produtividade tanto no etanol de cana quanto no de milho, garantindo uma matriz energética mais sustentável e competitiva para os consumidores.
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