Proteção às florestas tem como data oficial o dia 17 de julho. Também é conhecido como o dia do Curupira, personagem do folclore brasileiro considerado o “protetor das florestas”. Além de ser famoso pelos cabelos vermelhos como fogo e pelos pés posicionados ao contrário, com os calcanhares para frente.
Proteção às florestas
No Brasil, a proteção às florestas é essencial. Sendo assim, proteger a Floresta Amazônica é vital para a regulação do clima, enfrentamento às alterações climáticas.
Por outro lado, ainda não há motivos para comemorar. Isso porque a previsão da plataforma de inteligência artificial PrevisIA é de que quase 15.400 km² sejam desmatados em 2022, a maior área de floresta derrubada dos últimos 16 anos.
Entretanto, o dia 17 de julho ainda serve de alerta para o que precisa ser feito. Com isso, surgiram três iniciativas nacionais que atuam para manter a floresta em pé. Além de promover sustentabilidade, impacto social e econômico para as comunidades tradicionais.
Vale lembrar que outra iniciativa para preservação da Floresta Amazônica ocorre no Maranhão, por meio da FIDA (Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola).
A seguir conheça as três iniciativas.
Amaz
A Amaz é uma aceleradora de impacto que surgiu a partir da evolução do Programa de Aceleração e Investimento de Impacto da Plataforma Parceiros pela Amazônia, uma organização que reúne ONGs e setor privado. Além disso, a iniciativa levanta fundos para dar a ajuda necessária a negócios voltados à promoção da diversidade do ecossistema e também auxilia com capacitação para negócios, por meio de oficinas e tutoriais.
A aceleradora aposta também em iniciativas que consigam juntar crescimento rápido com respeito ao meio ambiente e impacto econômico na Amazônia.
brCarbon
Trata-se de uma climate tech que desenvolve projetos de conservação florestal geradores de créditos de carbono, foi uma das companhias aceleradas pela AMAZ, escolhida, entre outros motivos, pela qualidade do time técnico.
Nos próximos três anos, a brCarbon pretende expandir sua atuação em oito estados da Amazônia Legal, atingindo a conservação de 1,5 milhão de hectares e beneficiando mais de 500 famílias tradicionais ribeirinhas. De acordo com Bruno Brazil, diretor executivo e fundador da brCarbon:
“Hoje em dia, manter a floresta em pé é tão lucrativo quanto criar gado e plantar soja. A conservação, finalmente, é lucrativa.”
Contudo, o foco principal hoje são os projetos REDD+ (sigla para Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal). Eles atuam como geradores de créditos de carbono a partir da conservação de vegetação em propriedades privadas e em áreas públicas, coibindo o desmatamento ilegal e a degradação florestal.
E ainda há os projetos de ARR (Afforestation, Reforestation and Revegetation, ou na tradução, Florestamento, Reflorestamento e Revegetação), que promovem a restauração florestal de áreas degradadas com auxílio de recursos do mercado de carbono.
A brCarbon também promove ações para proteção da fauna e promoção social das famílias ribeirinhas, com iniciativas nas áreas de: saneamento básico, educação, saúde, infraestrutura, inclusão digital, engajamento social e empoderamento feminino.
Justiça Amazônia
Esta iniciativa promove oportunidades de negócios baseadas na biodiversidade a partir de uma floresta que permanece de pé, viva, rica e preservada. Além de fomentar o empreendedorismo de impacto na região e estimular propostas inovadoras que geram valor econômico e socioambiental. Promove ações para capacitação de jovens e de empresas que contribuam para a preservação da floresta em pé.
Liderada pela Fundação CERTI, principal hub de tecnologia de Santa Catarina que promove o empreendedorismo no setor de tecnologia, a Jornada Amazônia é uma iniciativa com a meta de preservar um milhão de hectares nos próximos cinco anos como resultado direto dos negócios e das cadeias produtivas inovadoras apoiadas.
Por fim, entre 2022 e 2026, a meta é criar 400 empreendimentos inovadores e impactar 40 mil talentos da região amazônica, com R$ 400 milhões movimentados na produção sustentável.
*Foto: Reprodução