Reserva no Amazonas, de base sustentável, em Uatamã, foi criada em 2004
A reserva de desenvolvimento sustentável Uatumã foi criada em 2004, com o objetivo de compensar o impacto ambiental gerado pela hidrelétrica de Balbina, em Presidente Figueiredo, no Amazonas.
Entretanto, apesar de territórios protegidos, como as unidades de conservação na Amazônia, não escapam às mudanças climáticas, causando um impacto social negativo.
Neste caso, não há como fazer uma barreira para a fuligem, fumaça, poluição, uma vez que ela vai de um canto ao outro.
Reserva no Amazonas – Uatamã
Segundo um agricultor da reserva Uatamã, o pensamento de hoje é como sobreviver às mudanças climáticas e às queimadas criminosas. Ele também diz que deve esperar secar mais um pouquinho a região para poder cavar mais uma cacimba e verificar se, no próximo ano, nesse tempo, ainda terá água.
A “séca” no Uatumã
Fora da Amazônia, se fala “sêca”, como substantivo, porque diz respeito a um estado perene.
Os ribeirinhos falam “séca”, pois conjugam o verbo secar, já que se trata de um movimento: é o rio que seca.
Além disso, este momento tem sido cada vez mais difícil para os ribeirinhos da Amazônia.
Prova disso é que todo fim de agosto, a comunidade do São Francisco do Caribi realiza a festa do Cajumã, junção de caju com tucumã. Essas são as frutas do verão.
No entanto, os moradores revelam que neste ano o tucumãzal “pariu pouco” e os cajus diminuíram de tamanho.
Portanto, os frutos vermelhos que fazem os cajueiros espalhados pela comunidade parecerem árvores de Natal não apareceram neste ano.
Sendo assim, os moradores recomendam comê-los direto do pé no começo da noite ou da manhã. Motivo: o aquecimento fora do comum faz os cajus ficarem quentes. E, em vez de suco, toma-se um caldo.
Morte de árvores adultas
Em contrapartida, os residentes da reserva afirmam que árvores consideradas adultas estão morrendo. Um deles, da comunidade de Livramento, conta que em 2023 os açaizeiros de seu pomar, que já davam frutos, secaram.
Nesse ano, outros moradores contaram que os açaizeiros não floraram.
Por sua vez, os coqueiros suportam a areia quente das praias, como as que tem no rio Uatumã.
Fonte: Foto de ADILSON SOCHODOLAK na Freepik