Suplementação alimentar da JBS é uma aposta da empresa e foi criada pela DSM, que atua na área de nutrição e biociência
A maior produtora de proteína animal do mundo, a JBS, em parceria com a DSM, que atua na área de nutrição e biociência, desenvolverão um projeto com o objetivo de reduzir as emissões de gás metano na cadeia bovina. A união foi assinada hoje (4), durante a COP26, Conferência do Clima da ONU, que ocorre até o fim da próxima semana em Glasgow, na Escócia.
Vale lembrar que em abril deste ano houve uma onda global para reduzir ainda mais as emissões de gases e poluentes.
Suplementação alimentar da JBS
Para a suplementação nutricional da JBS em desenvolvimento com a DSM, o foco da parceria é o Bovaer. O suplemento visa a redução de 90% as emissões entéricas de metano (conhecidas também como arroto) dos bois. Vale ressaltar que a DSM vem atuando nesse desenvolvimento há 10 anos, e já realizou 45 testes de longo prazo em fazendas de 13 países.
À revista EXAME, o presidente da JBS, Gilberto Tomazzoni, afirmou:
“Esse acordo abre caminho para a produção de carne de baixo metano, o que é importantíssimo.”
E acrescentou ainda que “a cadeia bovina pode se tornar carbono positivo”.
Compromisso global
Além disso, na quarta-feira (3), o Brasil aderiu a um compromisso global para diminuir as emissões de metano em 30% até 2030. Mais de 100 países assinaram o documento.
O que é o gás metano?
O gás metano é altamente poluente, responsável hoje por 17% das emissões mundiais de gases de efeito estufa.
Acordo de Paris
Apesar de essa redução estar prevista na NDC brasileira (meta de redução de emissões determinada por cada país no Acordo de Paris), não se esperava que o Brasil participasse da iniciativa.
Por trás disso está a complexidade de ter de lidar com a cadeia bovina. Por fim, o rebanho comercial brasileiro é considerado o maior do mundo. E o país é líder em exportações de proteína bovina. Porém, o compromisso não é juridicamente vinculante.
*Foto: Unsplash