Cada vez mais produtos sustentáveis ganham espaço na mídia e nosso Planeta agradece.
Para chegarmos ao uso da biomassa na transformação de combustível, voltemos um pouco no tempo para entendermos a sua aparição no mercado e suas principais funções.
Como a Biomassa é obtida?
Com a crise gerada pela Primeira Guerra Mundial, além da quebra da bolsa de Nova York, em 1929, surgiu no mercado brasileiro o uso de biomassa como alternativa à diminuição da produção de gasolina, por exemplo.
Seu preparo consistia em aliar o álcool ao éter etílico e óleo de mamona, obtendo uma mistura de relativo sucesso que com o passar dos anos tornou-se outra fonte de combustível que veio pra ficar de vez, e não somente a gasolina, que aliás é composta de 25% de álcool.
Em meados dos anos 1930, com a adição do álcool à gasolina tradicional, permitiu ao Brasil melhores rendimentos dos motores de explosão de forma limpa e segura. Isso ocasionou a suspensão do uso de aditivos tóxicos ao preparo da gasolina.
Além do setor de combustíveis, a biomassa também produz energia em usinas de álcool e açúcar a partir da queima palha da cana e de seu bagaço. Outros resíduos também possuem importante destaque, são eles: serragem de madeira ou palha de arroz, responsáveis por alimentarem algumas termelétricas. Já o vinhoto, resíduo do caldo de cana, serve como adubo. E na siderurgia, o emprego do carvão vegetal de madeira plantada atende a produção do aço, ou seja, torna-se fonte de energia sustentável para florestas.
Biodiesel e Petróleo
Com a crise do Petróleo de outras fontes de energia, gerada pelo alto custo, torna-se imprescindível o uso de derivados da biomassa, como o álcool, biogás e óleos vegetais, gás de madeira, como alternativa nos motores de combustão, sem contar a questão da defesa do meio ambiente, transformando o biodiesel em uma ótima saída para a substituição de combustíveis fósseis.
O biodiesel é um combustível que pode ser produzido a partir de óleos vegetais, gorduras animais e até sobras de óleo de fritura. Um óleo B2, por exemplo, indica que há 2% de biodiesel para 98% de diesel fóssil e é classificado geralmente na forma BX (onde o B é acrescido do número que corresponde à porcentagem de biodiesel utilizada).
Apesar das vantagens, a utilização da biomassa em larga escala requer cuidados e muito planejamento para que não haja impactos ambientais de qualquer espécie.
*Foto: Reprodução / Free Images – Craig Elliot