Antigamente era natural ver os jovens saírem do interior e vir estudar e trabalhar nas grandes cidades.
Hoje, essa faixa-etária também tem buscado emprego na zona rural. O motivo principal dessa modificação é a forte presença de novas tecnologias que auxiliam o agronegócio.
Segundo dados de uma pesquisa realizada no final de 2017 pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), caiu para 46,5 anos a idade média dos produtores rurais desde 2013. Os dados também mostraram que a crescente migração de jovens para o campo aumentou de 15% para 27%.
Essa faixa-etária entre 20 e 35 anos, de acordo com a pesquisa da época, trabalha diretamente nas propriedades agrícolas. Ainda há aqueles que preferem atuar em startups, especializadas em tecnologia ligada ao agronegócio. Com isso, uma nova perspectiva é gerada em termos de processos rurais. O aumento de produtividade e melhores resultados são alcançados por meio de softwares ou aplicativos de monitoramento do negócio.
Segundo Renata Camargo, que atua como show manager do Yami (Youth Agribusiness Movement International), a atividade agrícola que era considerada rústica no passado, hoje dá lugar à tecnologia de informação que atrai o jovem ao agronegócio. Os nascidos no campo não precisam mais deixar sua terra em busca de melhores oportunidades em uma metrópole.
O Yami é o primeiro congresso para jovens do setor de agronegócio e será realizado em outubro, em São Paulo.
EMPREENDEDORISMO AGRÁRIO
Para os que não conseguem ou não almejam trabalhar nas propriedades rurais, uma saída é o empreendedorismo. E o ramo de agronegócio pode ser vasto, não apenas restrito à lavoura e escritórios do interior.
Abrir o próprio negócio no campo já é uma tendência natural dos últimos tempos enxergada por essa faixa-etária.
Hoje, os nichos para este mercado são atrativos. Não é só de plantação de milho e soja, entre outros cultivares que pode ter sucesso na zona rural. O local pode abrigar startups tecnológicas que atendam a demanda campestre, como técnicas que avisem para o risco de chuvas durante o período de colheita, por exemplo. Além disso, a área gastronômica também pode ser um setor a ser explorado no campo com comidas típicas.
*Foto: Divulgação – Senar