Novo Plano Safra 22,4% maior foi pauta em audiência, na Câmara dos Deputados
Na quarta-feira (25), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, disse que a pasta está negociando com o Ministério da Economia para o novo Plano Safra referente a 2022/2023 seja 22,4% maior do o anterior.
Novo Plano Safra 22,4% maior que anterior
Durante audiência na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, o ministro justificou o aumento do novo Plano Safra que “todos os preços subiram”.
Além disso, pelas estimativas apresentadas na audiência, Montes negocia o Plano Safra 2022/2023. Ele engloba o ano fiscal de junho de 2022 a junho de 2023, de pelo menos R$ 300 bilhões, com mais R$ 22 bilhões para equalização de taxa de juros. Montes diz ainda que estão fazendo um Plano “mais robusto” e que o país é um grande produtor e, portanto, terá de produzir mais ainda.
Recursos bloqueados
Em relação aos recursos bloqueados para o Plano Safra 2021/2022, ele afirmou que os mesmos serão destravados.
“Conseguimos, graças, inicialmente, à aprovação do PLN [Projetos de Lei do Congresso Nacional] 01, que liberou R$ 868 milhões, para destravar R$ 23 bilhões do plano safra de 21/22, mas com os juros crescentes do jeito que estavam, nós ainda ficamos defasados e foi preciso, na quinta-feira da semana passada [19], uma liberação de mais R$ 1,2 bilhão para destravar o plano safra de 2021/2022, que ainda não está destravado.”
Mas ainda reforçou:
“Precisamos que os ministérios sejam comunicados dos seus orçamentos que foram modificados e o governo federal possa realmente fazer sua efetivação.”
Finalização desse processo
Contudo, o ministro espera pela finalização desse processo para poder destravar os R$ 23 bilhões do Plano Safra 2021/2022, que serão destinados especialmente à agricultura familiar.
Por fim, Montes quer, ao menos, R$ 2 bilhões, para o seguro rural, e que gostaria que a despesa fosse incluída como permanente no Orçamento da União, o que reduziria a possibilidade de cortes. Entretanto, ele disse que só deve ser feito sem que se ultrapasse os limites fiscais.
*Foto: Divulgação