Petrobras supera crise desde agosto, mês que foi considerado um marco na retomada das refinarias produtoras de combustíveis
A empresa Petrobras já pode dizer que a crise de coronavírus não afeta mais sua produção de combustíveis. Isso porque em agosto o fator de uso da capacidade das unidades produtoras chegou à média de 80%, com um impacto econômico positivo. Ou seja, o maior índice registrado desde janeiro de 2019. As informações são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Refinarias
Antes de agosto, o pior momento das refinarias foi em abril. Na ocasião, a utilização da capacidade chegou a 56,4%. O baixíssimo consumo naquele momento, em razão da pandemia, a estatal que é detentora de quase a totalidade do parque de refino nacional, diminuiu muito sua produção. E principalmente de querosene de aviação, gasolina e, em menor escala, de óleo diesel. Entretanto, a petroleira apostou no óleo bunker, para consumo marítimo, cuja demanda estava em alta no mercado internacional.
Óleo bunker
Sendo assim, quem produziu naquele momento o óleo bunker, como a empresa Rlam, ganharam reconhecimento no mercado. Enquanto isso, as companhias voltadas para o óleo diesel, como a paulista Replan, perderam relatividade.
Petrobras supera crise
Vale lembrar a partir de junho, a Petrobras alterou o modo de divulgação do valor dos combustíveis. Somado a outros fatores, a estatal conseguiu voltar à normalidade.
Além disso, no caso da Replan que há anos lidera o setor de refino, teve seu nível de utilização da capacidade acima da média, atingindo 85% em agosto. Já a Rlam, ficou em 69%. Contudo, a Replan voltou ao posto de maior produtora nacional. Isso corresponde a 16,1% do processamento de petróleo no mês, e a Rlam, por 14,7%.
Óleo diesel
Ainda em agosto, o óleo diesel automotivo voltou a ser o combustível mais produzido. Só naquele mês foram 3,7 bilhões de litros. Na sequência aparece a gasolina, com 1,9 bilhão de litros.
No entanto, o QAV segue em baixa, com produção de 207 mil litros, frente a 566 mil litros em janeiro deste ano, antes da crise.
*Foto: Divulgação