Petroleiras globais no Brasil pretendem manter seus portfólios de investimentos na nação sul-americana
Executivos de grandes petroleiras internacionais que atuam no Brasil não estão preocupados com o resultado das eleições presidenciais no país. Além disso, ressaltaram que, independentemente do novo mandatário, pretendem manter seus portfólios de investimentos na nação sul-americana.
Petroleiras globais no Brasil
Com o primeiro turno da eleição presidencial hoje (2), o CEO da Shell no Brasil, Cristiano Pinto da Costa, destacou durante a feira Rio Oil & Gas que a empresa está há mais de um século no país e tem planos de longo prazo.
“A Shell investe no país e está presente há mais de cem anos. Nossa indústria é de longo prazo e a gente olha para investimentos com ciclos muito mais longos. Nesses últimos anos houve diversos governos no país e a gente trabalhou com eles. A gente não toma decisões no que está para acontecer nas próximas semanas e anos.”
Modelo de concessão para produção e exploração de óleo e gás
Contudo, o executivo revelou também ser favorável ao modelo de concessão para a produção e exploração de óleo e gás no país no pré-saç, em vez do atual, de partilha.
Comprometimento
Já para a diretora global de Upstream da Shell, Zoe Vujnovich, a empresa está comprometida com o Brasil:
“Estamos aqui há tanto tempo e conseguimos trabalhar com todas as posições políticas. O que se espera sempre é que sejam criadas oportunidades para produzir e gerar impostos. Isso é fundamental. Qualquer que seja o partido que assuma, saberá o papel importante do setor de óleo e gás.”
Produção da Shell atual
Hoje, a Shell produz aproximadamente 400 mil barris ao dia em óleo correspondente e possui projetos na área de renováveis e outras fontes de energia no Brasil. A companhia também é parceira da Cosan na joint venture Raízen, gigante do setor de etanol, açúcar e combustíveis.
Investimento de óleo e gás, energia e renováveis
Por fim, a portuguesa Galp pretende investir US$ 5 bilhões no país nos próximos anos em óleo e gás, energia e renováveis. É o que ressaltou o CEO da companhia, Andy Brown. Ele destacou ainda a relevância do Brasil para os negócios da empresa.
“Estamos aqui há anos e, realmente, nós acreditamos na estabilidade no Brasil e no ambiente fiscal e regulatório. O Brasil é um grande atrativo de investimentos para preservar o clima e transição energética.”
*Foto: Reprodução