Prejuízo aos motoristas ocorre desde 2021, quando o diesel era o B13, com 13% de biodiesel e motores chegaram a entupir pela borra formada no tanque, e até as bombas dos postos travaram nesta época
Desde 2021, que o brasileiro assiste a uma série de percentuais do biodiesel e do etanol promovida pelo Ministério de Minas e Energia. À época, o diesel era o B13, com 13% de biodiesel e motores entupiram pela borra formada no tanque. Até as bombas dos postos travaram na época.
Vale lembrar que em dezembro de 2022, a equipe de Lula afirmou que aguardaria a entrada de 2023 para decidir volta dos impostos, em relação aos preços dos combustíveis.
Prejuízo aos motoristas
Contudo, este problema está de volta, provocando prejuízo aos motoristas. Isso porque os postos já recebem desde 1º de abril o mesmo diesel B12 que comprovadamente trava motores, e com aval ilegal do Ministério de Minas e Energia. Além disso, a pasta decidiu ainda elevar o etanol na gasolina, de 27% para 30%. Mas, neste caso as consequências foram menos drásticas para donos de automóveis e motos.
Flex, diferença só no bolso
No caso do carro flex, o novo percentual de 30% na gasolina só será sentido no bolso, uam vez que o etanol possui menor poder energético e o consumo de combustível vai aumentar.
Atmosfera mais limpa
Por outro lado, o governo alega que o acréscimo de etanol significa uma atmosfera mais limpa pela redução de emissões de CO2. Porém, se “esquece” de que vai elevar as de aldeídos (cancerígenos) e HC (hidrocarbonetos).
Já em relação aos automóveis e motos com motores a gasolina, além do maior consumo, poderão também começar a apresentar problemas de funcionamento devido à presença de quase 1/3 de etanol para o qual não foram projetados.
Tanto que no próprio manual do proprietário dos automóveis Mercedes-Benz, consta a proibição de se abastecer com gasolina contendo etanol num percentual acima de 10%.
Ilegalidade do diesel B12
Mas por que a ilegalidade do diesel B12? Porque o CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) autorizou, no final de março, sua volta em 1º de abril. A ANP, encarregada de regulamentá-lo, ficou encurralada e teve de publicar – às pressas – as novas exigências para reduzir os inconvenientes do B12 em 04 de abril, com prazo de 90 dias para serem cumpridas.
Sendo assim, ela passa a valer em 04 de julho. Até lá, os tanques estão recebendo o mesmo diesel que tanta complicação provocou por ser higroscópico (absorver umidade) e formar borra no fundo do tanque. E isso entope filtros, bombas e injetores do motor.
Além disso, apesar de exigido pelo próprio CNPE, a ANP não realizou – por falta de tempo hábil – os testes para comprovar se suas novas determinações atenuarão de fato os problemas do diesel. Questionada, ela declarou que foram feitos apenas “testes laboratoriais”. E ignorou a solicitação de enviar os resultados destes “testes”. Ou seja, nenhuma comprovação real do uso deste novo B12 está circulando em ruas e estradas.
Por fim, o CNPE estipulou aumentos graduais de 1% ao ano até chegar em B15 em 2026.
*Foto: Reprodução/Pixabay (Rudy and Peter Skitterians – https://pixabay.com/pt/photos/gasolina-diesel-g%c3%a1s-automotivo-996617/)