Além de o transporte terrestre ter alta, o IBGE apontou ainda que o turismo cresceu 23,3%, e o transporte aéreo, 60,7% em maio
Recentemente, o IBGE divulgou que os setores de transportes e turismo vêm apresentando indícios de recuperação após praticamente um ano e meio de pandemia. Entretanto, ainda não conquistaram os patamares positivos se for considerado os últimos 12 meses.
Transporte terrestre com alta acumulada
As altas do transporte terrestre, aéreo e de turismo foram reveladas pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada no meio de julho.
O setor de serviços com um todo, considerando todas as categorias, avançou em maio 1,2% ante abril, na série com ajuste sazonal. Além disso, acumulou ganho de 2,5% nos últimos dois meses e recuperou parte do recuo de março (-3,4%). Sendo assim, o setor de serviços volta a ultrapassar o nível pré-pandemia. Atualmente, se encontra 0,2% acima do patamar de fevereiro de 2020.
Setores de transportes
Entretanto, os setores de transportes, principalmente o de passageiros e de turismo, a recuperação já existe. Porém, ela está num ritmo lento que os demais, em relação ao acumulado do ano entre janeiro e maio. Mas teve um destaque positivo em maio.
Conforme dados do IBGE, no acumulado do ano, o segmento de transporte terrestre acumula alta de 12,4% entre janeiro e maio. Mas no acumulado dos últimos 12 meses, a queda é de 2,2%.
Outros dados
Já no entre os setores, o de “transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio” (32,5%) exerceu a principal contribuição positiva sobre o volume total de serviços. E isso foi impulsionado pelo aumento de receita das empresas pertencentes aos seguintes ramos de atividade:
- transporte rodoviário de cargas;
- transporte aéreo de passageiros;
- gestão de portos e terminais;
- rodoviário coletivo de passageiros;
- operação de aeroportos;
- concessionárias de rodovias;
- e correio nacional.
Nota do IBGE
Em nota, o IBGE destaca que no caso dos transportes de passageiros, o que influencia o resultado é o fato de no começo de 2020 as atividades terem sido prejudicadas pelas medidas de restrição de circulação, registrando uma demanda muito abaixo.
Já os segmentos de transportes de carga e de apoio logístico mantiveram o bom desempenho iniciado em meados do ano passado. Enquanto isso, o transporte de passageiros se beneficia agora da baixa base de comparação. Isso porque em maio do ano de 2020, por causa da reduzida mobilidade da população, houve quedas significativas nas receitas das empresas desses segmentos (rodoviário, aéreo e metroferroviário).
Resultado positivo
Por outro lado, na área de transportes, o resultado positivo do mês teve como um dos principais alavancadores o setor aéreo. Prova disso é que em maio ele registrou alta de 60,7%.
Além disso, entre janeiro e maio deste ano, a alta é de 2,5% em relação ao mesmo período de 2020 no setor aéreo. E no acumulado dos 12 meses houve queda de 27,5%.
Turismo
O setor de turismo registrou em maio alta de 18,2%, frente ao mês anterior. Esta foi a segunda taxa positiva seguida, num período em que acumulou um ganho de 23,3%. Esse avanço recente recupera boa parte da queda de 26,5% observada em março, mês em que teve mais limitações ao funcionamento de estabelecimentos considerados não essenciais. Todavia, o segmento de turismo ainda precisa crescer 53,1% para retornar ao patamar de fevereiro de 2020.
Regiões
O movimento de expansão nacional teve maior contribuição positiva em São Paulo (30,3%), seguido por Rio de Janeiro (18,5%), Bahia (52,6%), Minas Gerais (34,3%), Rio Grande do Sul (46,9%) e Distrito Federal (49,3%), afirma o IBGE.
Em comparação a maio de 2020, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 102,2%. E isso dpeois de avanço de 72,5% em abril, quando interrompeu 13 taxas negativas consecutivas. Além disso, o índice foi impulsionado especialmente pelo aumento na receita de empresas de transporte aéreo; restaurantes; hotéis; rodoviário coletivo de passageiros; locação de automóveis; e serviços de bufê.
*Foto: Divulgação