Usinas solares flutuantes em hidrelétricas ocuparão quatro reservatórios da companhia de energia em Minas Gerais; empresa já iniciou a compra dos módulos fotovoltaicos para instalação
A Cemig iniciou neste mês a contratação dos módulos solares para os projetos geração de energia solar fotovoltaica flutuante nos reservatórios de usinas hidrelétricas. Para isso, a companhia vai investir R$ 1,8 bilhão para implementar projetos desse tipo em quatro reservatórios no estado de Minas Gerais. Sendo assim, a capacidade de geração solar flutuante passa a ser de 350 megawatts pico (MWp).
Vale lembrar que de 2022 para cá, a companhia de energia mineira realizou diversas transações e acordos, como por exemplo, o de passar a totalidade de sua participação dentro da Renova Energia para o grupo Angra Partners, que tem como CEO o empresário Alberto Guth.
Já em 2023, a Cemig realizou mais transações comerciais, despontando cada vez mais ne gaeração de energia distribuída.
Usinas solares flutuantes em hidrelétricas
A construção de usinas solares flutuantes está prevista para começar em janeiro de 2024, com entrada em operação entre o final de 2024 e o início de 2026. Até o momento, o projeto mais avançado é o da usina de Três Marias. As outras usinas vão ser instaladas nos reservatórios Cajuru, Emílio Carneiro Santiago e em uma hidrelétrica ainda a ser anunciada.
Geração distribuída – como será
A partir daí, a energia gerada nesses projetos vai ser comercializada na modalidade de geração distribuída, que permite a venda da energia gerada diretamente aos consumidores finais. A Cemig tem a intenção de negociar projetos híbridos que combinem as fontes hidrelétrica e solar também no modelo de geração centralizada no futuro.
Potencializar os ativos de geração hidrelétrica do grupo
Além disso, segundo o diretor da Cemig Geração e Transmissão, Thadeu da Silva, o objetivo é potencializar os ativos de geração hidrelétrica do grupo. Na última quarta-feira (20), ele disse a jornalistas durante o Congresso Ecoenergy, em São Paulo:
“Estamos usando menos de 1% da nossa lâmina d’água para gerar esses 350 MWp. É uma relação entre a área coberta e a geração muito pequena, quase desprezível, diante de toda a área que temos.”
*Foto: Reprodução/br.freepik.com/fotos-gratis/paineis-solares-na-cobertura-celula-solar_21520477