Agricultores devem pensar que a chuva pode influenciar no aparecimento de algumas doenças no cultivo de soja, como fungos, por exemplo
A partir de novembro, já é de praxe pelo calendário brasileiro o surgimento de fortes chuvas, que se estendem ao longo do verão do país. Com isso, também resultou em grandes perspectivas para a safra de soja 2019/2020. De acordo com a previsão da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produção da oleaginosa no Brasil deve superar os 120 milhões, tornando o país o maior produtor mundial do cultivo.
Atenção dos agricultores
Em contrapartida, o mesmo período de chuvas resulta em um excesso de umidade somado ao calor desta época do ano, que favorece o surgimento de bactérias e fungos que impactam direto e negativamente na produtividade da soja. Portanto, sua cultura requer uma atenção redobrada dos agricultores em seu manejo, conforme explica o agrônomo Guilherme Bavia, que afirma que os cuidados com a nutrição são fundamentais para incentivar a resistência natural da oleaginosa:
“As plantas que não possuem uma nutrição adequada, se tornam mais suscetíveis ao aparecimento de doenças. Uma planta bem nutrida, consequentemente é mais forte. Sendo assim, é fundamental alinhar o manejo nutricional ao manejo fitossanitário para que seja possível atingir altas produtividades.”
Dicas para o manejo neste período do ano
O técnico recomenda a utilização de fertilizantes à base de elementos nutricitores, aminoácidos e compostos provenientes do processo de fermentação que vão atuar de modo sinérgico junto aos produtos fitossanitários:
“Além da base nutricional, essas ferramentas vão resultar em uma planta mais resistente às adversidades do meio pois estimulam variadas funções dentro da planta, formando barreiras mecânicas e sintetizando compostos de defesa. O objetivo é que por meio da nutrição, em conjunto com o manejo fitossanitário, seja possível alcançar maior resistência e proteção para a planta.”
Agricultores devem adotar medidas preventivas
Bavia deixa claro que essas aplicações, no entanto, devem ser feitas de modo preventivo, desde as plantas mais jovens até a formação das vagens, potencializando os resultados de qualidade e produtividade:
“Evitar o aparecimento da doença e precaver a possibilidade de infecção de tecidos é a melhor solução. Assim, a planta permanece nutricionalmente equilibrada e em estado de alerta caso receba algum tipo de ataque durante o ciclo.”
Em caso da planta já ter sido infectada pelo excesso de umidade, os agricultores devem realizar as aplicações também trabalham no sentido impedir que ela seja disseminada a chegue a outras plantas saudáveis.
Fonte: Revista Rural
*Foto: Divulgação