Petróleo mantém alta com volta da demanda em meio à flexibilização de lockdowns pela Covid-19, e preços se recuperam após forte queda
Na última quinta-feira (21), o petróleo Brent, valor de referência internacional, avançou 1% e marcou o maior nível desde o mês de março, apoiado pela queda nos estoques da commodity nos Estados Unidos, além de cortes de ofertas liderados pela Opep e pela recuperação da demanda em meio à flexibilização dos lockdowns em decorrência da pandemia de Covid-19.
Petróleo mantém alta após dois meses
Em relação ao preço do petróleo que teve um colapso neste ano, com o Brent sendo comercializado a uma mínima de 21 anos em abril, o que significou estar abaixo da marca de 16 dólares por barril.
Porém, com o aumento no consumo de combustíveis e mais sinais de que o excesso de oferta está sendo dominado, o valor “benchmark” global mais do que dobrou desde então.
Vale lembrar que a pandemia do novo coronavírus fez o gás de cozinha ficou mais caro entre janeiro e março, segundo dados revelados pelo Instituto de Estudos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).
Fechamento em alta
Na quinta, o petróleo Brent fechou em alta de 0,34 dólar, ou 1%, a 36,09 dólares por barril. Já o petróleo norte-americano avançou 0,43 dólar, ou 1,28%, para 33,92 dólares o barril.
Outra constatação de que o excesso de oferta do produto está reduzindo veio dos estoques de petróleo dos Estados Unidos, que recuaram em 5 milhões de barris na semana passada. No entanto, analistas aguardavam um aumento.
Recuperação da demanda
Em contrapartida, existem evidências de uma recuperação na demanda, visto que grandes companhias aéreas dos EUA e a Air Canada divulgaram na terça-feira (19), que o cancelamento de passagens diminuiu e que foi registrada uma melhoria nas reservas de assentos para algumas rotas, apesar de executivos dizerem que a demanda geral continua fraca, como afirmou Jim Ritterbush, presidente da Ritterbusch and Associates em Galena, Illinois, à agência Reuters:
“O rali nos futuros do petróleo está começando a se aproximar de níveis nos quais os declínios na produção de ‘shale’ (petróleo não convencional) dos EUA vão começar a desacelerar e possivelmente ser revertidos, à medida que produtores de baixo custo tentam gerar receita.”
Fonte: Revista EXAME
*Foto: Divulgação