Recentemente, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Albatroz, mantenedor do Projeto Albatroz, assinaram um Acordo de Cooperação Técnica. Sendo assim, o objetivo é expandir ações para a conservação das aves marinhas, que pertencem a um dos grupos mais ameaçados do planeta, em termos de maio ambiente e sustentabilidade.
Projeto Albatroz e INCMBio
Segundo o acordo, fica instituída a cooperação mútua com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (CEMAVE/ICMBio) para a coordenação compartilhada do Plano de Ação Nacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis (PLANACAP). Além da implementação conjunta do Banco Nacional de Amostras Biológicas de Albatrozes e Petréis (BAAP). Sobre isso, Marcos Simanovic, presidente substituto do ICMBio, afirma:
“A formalização deste acordo fortalece ainda mais o processo de implementação das ações do PLANACAP na busca compartilhada de meios para o desenvolvimento de ações prioritárias para a conservação de albatrozes e petréis no Brasil. Esse trabalho de parceria já vem desde 2003 com a participação ativa do Instituto Albatroz, implantando ações de conservação contempladas pelo PLANACAP.”
Por outro lado, para Tatiana Neves, coordenadora geral do Projeto Albatroz, esta é uma importante conquista. Portanto, ela pode possibilitar um trabalho ainda mais alinhado em prol da conservação dos albatrozes e petréis no Brasil.
“A união faz a força e para nós é um grande privilégio juntar esforços com o ICMBio para implementar ações importantes do PLANACAP com diversas instituições parceiras para a proteção desses animais.”
Banco de Amostras
Além disso, o acordo prevê ainda a cooperação entre o Projeto Albatroz e o ICMBio na curadoria do Banco Nacional de Amostras Biológicas de Albatrozes e Petréis (BAAP). O BAAP fica situado na Estação Ecológica dos Carijós, em Florianópolis (SC), onde também fica Base Avançada do CEMAVE/ICMBio.
Sendo assim, este banco é uma ação do PLANACAP que será implementada como fruto de uma parceria entre o Instituto Albatroz, R3 Animal e ICMBio.
Trocas importantes com pesquisadores internacionais
Contudo, a analista ambiental do CEMAVE responsável pelo BAAP em sua instituição, Patricia Serafini, afirma que a cooperação com o Projeto Albatroz vai trazer maior visibilidade ao banco, além de viabilizar trocas importantes com pesquisadores internacionais.
“Desta forma, será possível enriquecer nossa coleção de amostras e subsidiar cada vez mais pesquisas científicas em prol destes animais.”
Apoio da FURG
Todavia, o projeto que ajuda as aves marinhas também oficializou uma parceria com a Universidade Federal do Rio Grande (FURG). A instituição de ensino atua fortemente com pesquisas na área biológica e pesqueira. Isso inclui, especialmente, o monitoramento de albatrozes e petréis que se alimentam nas águas do extremo sul do país.
O acordo
O acordo de cooperação terá validade de cinco anos, e prevê a realização de pesquisas científicas em conjunto. Também, haverá um intercâmbio de alunos de graduação, pós-graduação e pesquisadores da universidade.
Projeto Albatroz
A história do Projeto Albatroz tem como missão a redução da captura incidental de albatrozes e petréis. O projeto é coordenado pelo Instituto Albatroz – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que atua em parceria com o Poder Público, empresas pesqueiras e pescadores.
O projeto foi fundado em 1990, em Santos (SP). Sua principal linha de ação é o desenvolvimento de pesquisas para subsidiar Políticas Públicas e a promoção de ações de Educação Ambiental junto aos pescadores, jovens e às escolas.
E o resultado de tudo isso se traduz na formulação de medidas que protegem as aves marinhas. Além da sensibilização da sociedade quanto à importância da existência dos albatrozes e petréis para o equilíbrio do meio ambiente marinho. E no apoio dos pescadores ao uso de medidas para reduzir a captura dessas aves no Brasil.
Bases
Hoje, o Projeto Albatroz mantém bases nas seguintes cidades: Santos (SP), Itajaí e Florianópolis (SC), Itaipava (ES), Rio Grande (RS) e Cabo Frio (RJ).
*Foto: Divulgação/Dimas Gianuca/Projeto Albatroz