Biocombustíveis high tech envolve tanto a produção de Diesel Verde (HVO) como do querosene de aviação renovável (SPK)
Neste momento, o setor de biodiesel vive o começo de sua segunda geração. Isso porque começa a ganhar espaço a produção tanto do Diesel Verde (HVO) como do querosene de aviação renovável (SPK). Esta última é realizada a partir de resíduos de gordura animal e óleos de cozinha usados, além dos óleos vegetais.
Biocombustíveis high tech
De acordo com o presidente e CEO da empresa de biotecnologia BSBios, Erasmo Carlos Battistella:
“Agora é a hora do HVO. Ele já é o terceiro biocombustível produzido no Brasil, atrás apenas do etanol e do biodiesel de primeira geração. Estamos preparados para o aumento da demanda.”
Vale ressaltar que os biocombustíveis high tech podem utilizar a mesma matéria-prima que o biodiesel, que são os óleos vegetais. Entretanto, no caso do Diesel Verde, ele é produzido após passar por um processo químico de hidrotratamento (hidrogênio de alta pressão). Após a reação, é obtido um líquido bastante similar ao diesel fóssil, mas bem menos poluente.
Matriz energética
Além disso, Battistella afirma que os biocombustíveis high tech não devem ser considerados como substitutos dos combustíveis fósseis. Mas sim como complementares na matriz energética:
O executivo, que também preside a Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), aposta que neste ano começará a fase obrigatória do regime de compensação e redução das emissões de carbono no setor de aviação. Com isso, há uma aceleração da mistura de SPK ao tradicional querosene de aviação (QAV). Esta “será a virada de chave”, conclui Battistella.
Mercados de nafta verde
Para atender a essas futuras demandas e outras envolvendo os mercados de nafta verde (para a indústria petroquímica) e de GLP verde, o ECB Group está liderando o Omega Green. O projeto de US$ 800 milhões para uma biorrefinaria no Paraguai entrará em operação em 2024.
*Foto: Divulgação