Complexo eólico na Bahia fica entre os municípios de Caetité, Igaporã, Pindaí, Licínio de Almeida, Urandi e Guanambi, além de ser composto de 26 parques
Na última terça-feira, a Renova Energia informou que cumpriu com o estágio 3 da implantação do Complexo Alto Sertão III – Fase A, na Bahia, com a entrada em operação comercial de 303,6 MWs, conforme previsto na cláusula 9.2.2 do plano de recuperação judicial, aprovado em dezembro de 2020. Segundo a empresa, os prazos dos estágios 1 e 2 também já haviam sido cumpridos pela companhia.
Complexo eólico na Bahia
Vale destacar que no final do ano passado houve a aquisição de participação da Cemig na Renova pela gestora de fundos Angra Partners, e liderada por Alberto Guth.
Além disso, em março deste ano foi concluída a primeira fase da operação comercial do Complexo eólico na Bahia. No caso, já entraram em operação 45 aerogeradores, que juntos injetaram 132 MW no sistema nacional de energia.
Localização do Complexo eólico na Bahia
O Complexo Alto Sertão III é um dos 10 maiores empreendimentos eólicos da América Latina. O espaço de sustentabilidade de energia fica entre os nos municípios de Caetité, Igaporã, Pindaí, Licínio de Almeida, Urandi e Guanambi. Ele é composto de 26 parques, 208 km de linhas de transmissão e 155 aerogeradores.
Em relação à produção, o conjunto terá capacidade para 435 MW de energia, o suficiente para abastecer entre 900 mil e um milhão de residências. Os investimentos passam de R$2,5 bilhões.
Obras
Durante as obras do complexo, a empresa identificou 262 sítios arqueológicos, 551 áreas de interesse arqueológico e mais de 800 bens patrimoniais nessa região da Bahia. Os biólogos e veterinários da empresa resgataram mais de 5.000 animais no local. As espécies encontradas são catalogadas pelo nosso Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna e mantidas no meio ambiente. Todavia, o programa também ajuda as equipes a conhecerem melhor as espécies existentes na região, além de contribuir para o planejamento prévio das ações de preservação ambiental que realizamos constantemente.
Recuperação judicial
Por fim, a Renova Energia pediu recuperação judicial em outubro de 2019, após uma tentativa de venda da Fase A de Alto Sertão III para a AES Tietê fracassou. A usina deveria ter entrado em operação em 2015. Porém, sofreu sucessivos atrasos e teve as obras paralisadas em 2016, com 87% de construção, em razão de problemas financeiros enfrentados pela empresa renovável.
À época, as principais sócias da Renova, Cemig e Light, também passavam por situação financeira delicada e, depois de sucessivos aportes no negócio e tentativas de reestruturação da dívida, apoiaram o pedido de recuperação judicial. Atualmente, as empresas não são mais sócias da Renova.
*Foto: Reprodução