Com o meio ambiente e práticas sustentáveis cada vez mais praticadas no mundo todo, também entra a questão de quando morremos mais precisamente ao que é feito em relação ao solo em decorrência dos enterros, por exemplo. A partir de 2021, deve passar a funcionar o primeiro cemitério de compostagem humana, em Seattle, nos Estados Unidos. O local pretende ser uma alternativa ecológica aos enterros e cremações habituais.
Compostagem humana – o início
Mesmo que ainda demore mais um tempo para iniciar suas operações na cidade norte-americana, o projeto já é antigo, que só estava à espera da flexibilização das leis estaduais, para que a compostagem humana passasse a ser admitida no condado.
A iniciativa nasceu por meio da arquiteta Katrina Spade, proprietária da companhia Recompose. Ela revela que em 2015 já estavam de olho em sua ideia, na ocasião apelidada de Urban Death.
Como funcionaria
Na prática, esta nova modalidade de cemitério impediria a poluição de águas subterrâneas com fluídos de embalsamento e reduziria as emissões de dióxido de carbono, o CO2. Com isso, o funcionamentos do enterros sustentáveis serão bastante parecidos ao de composteiras convencionais, onde o corpo do indivíduo seria colocado em um compartimento que pode ser utilizado novamente e coberto por lascas de madeira, alfafa e feno, no intuito de ajudar no seu processo de decomposição.
O processo total de compostagem humana dura alguns meses e depois deste período os familiares podem levar o adubo resultante para casa. Sendo assim, os entes queridos ainda podem servir para adubar uma planta e prosseguir com o ciclo natural da matéria orgânica. Se os parentes não demonstrarem interesse, o material pode ser levado para áreas de conservação de Seattle.
Compostagem humana não é indicada a todos
No entanto, a compostagem humana não é uma alternativa para todos. Ficam de fora desse grupo àquelas que faleceram vítimas de doenças contaminosas, como Ebola. E caso o cadáver possua implantes dentários ou marca-passo, também será preciso retirar os artefatos antes de começar a sua decomposição.
O cemitério Recompose possui uma sede com 1.720 metros quadrados. Ela já está em fase de preparação para atuar neste novo mercado. Estima-se que os gastos com o procedimento de compostagem de seres humanos serão em torno de US$ 5,5 mil (R$ 22,3 mil).
De acordo com a Revista Galileu, este preço fica mais caro do que uma cremação. No entanto, ele se torna mais econômico em relação aos custos de um enterro e a manutenção de uma cova nos Estados Unidos.
Agora, resta saber se este novo modelo de cemitério chegará em terras brasileiras.
Fonte: Site Hypeness
*Foto: Divulgação