Monitoramento de esporos da ferrugem asiática da soja na safra 2021/2022 começou no fim de novembro
Em 29 de novembro, a Emater/RS-Ascar, em conjunto com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e instituições de ensino e pesquisa, iniciou o monitoramento de esporos da ferrugem asiática da soja na safra 2021/2022. Tal ação integra o Programa Monitora Ferrugem RS. O objetivo é buscar auxiliar os produtores e técnicos no manejo da doença.
Monitoramento de esporos da ferrugem
O monitoramento de esporos da ferrugem ocorre por meio do Programa. Há a realização de leituras semanais, sempre às segundas-feiras, das lâminas instaladas nas lavouras. A lâmina é encaminhada a laboratórios das instituições de ensino e pesquisa parcerias para a verificação da presença ou não de esporos.
Instalações
Em 29 de novembro teve início as instalações e a previsão de retirada é em 28 de março de 2022. Além disso, haverá monitoramento em toda a safra e é possível acompanhar pelo site da Emater/RS-ascar os mapas da ocorrência de esporos e risco climático.
Na safra passada, foram instalados 24 coletores em todo o Estado. Para a atual, o número saltou para 46 lavouras de soja monitoradas, em 44 municípios gaúchos. Essa expansão só foi possível com o ingresso da empresa 3tentos.
Racionalização no uso de fungicidas
Além disso, o programa também contribui para a racionalização no uso de fungicidas, na redução do impacto ambiental e no custo de produção das lavouras de soja. Segundo Elder Del Prá, engenheiro agrônomo e coordenador da área de culturas e defesa sanitária vegetal da Emater/RS-Ascar, é possível ainda integrar os dados obtidos no monitoramento de esporos com informações relativas às condições meteorológicas. Estas podem ser usadas na escolha da melhor estratégia de manejo da ferrugem.
Lavoura monitorada
Entre os exemplos de lavoura monitorada está a de Emanuel Carlos Nienow, da cidade de Não-Me-Toque. Ele acredita que este é um modo de conseguir fazer um planejamento e tratamentos mais assertivos no momento das aplicações dos fungicidas, independentemente se elas são aplicações preventivas ou corretivas.
“Fazendo com que o custo-benefício dos tratamentos seja o mais rentável possível para o produtor”, afirma.
Ele conclui:
“Na safra passada, com os dados do coletor de esporos da Emater, podemos ficar mais tranquilos no que se refere à ferrugem asiática. Os dados do coletor nos foram passados semanalmente ajudando e muito na tomada de decisões quanto ao momento e até mesmo o intervalo dos tratamentos na cultura da soja. E este ano tenho o privilégio de acompanhar mais de perto essas informações, pois foi instalado um coletor de esporos em nossa propriedade.”
*Foto: Divulgação