As exportações de julho foram, em sua maioria, marcadas pelo setor de agronegócio. Sendo assim, as vendas deste ramo de atividade representaram 51,2% no valor total exportado pelo Brasil. Além disso, somou US$ 10 bilhões no mês passado, um aumento de 11,7%, em relação ao mesmo período de 2019.
Boletim da Balança do Agronegócio
Segundo dados do Boletim da Balança do Agronegócio, publicado ontem (12) pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SCRI-Mapa), as importações apresentaram uma redução de 16,3%, marcando US$ 982 milhões em julho.
Vale lembrar que no mês de junho, o agronegócio elevou a receita com maior participação no PIB.
Exportações de julho na agropecuária
Todavia, em termos de produtos relevantes para o país, principalmente a exportação agropecuária, revelaram considerável crescimento de volume negociado. Sendo assim, a soja em grão foi de +39,4%; o açúcar (+92,3%); celulose (+35,1%); algodão (+64,4%); carne suína (+45,0%) e carne bovina (+20,9%).
Soja
No caso da soja, as exportações em grãos atingiram 10,4 milhões de toneladas mês passado, com US$ 3,61 bilhões em receitas para o Brasil. Além disso, a China foi o principal país importador da oleaginosa brasileira, registrando compras de 7,9 milhões de toneladas ou 75,8% da quantidade exportada pelo grão.
Vale lembrar que nesta semana foi noticiado que a exportação de soja já está cerca de 40% acima do ano passado.
Açúcar
Sobre a comercialização de açúcar, o crescimento nas vendas subiu para US$ 526 milhões em julho de 2019 para US$ 964 milhões em julho de 2020. Ou seja, um incremento de 83,4% no período em análise. A alta de 92,3% na quantidade exportada, que marcou 3,5 milhões de toneladas no mês passado, colaborou para o aumento das exportações.
Celulose
Em relação à celulose, o aumento foi de 35,1% em quantidade. Porém, a queda de 37,2% no preço médio do produto fez com que tivesse diminuição no valor de exportação, que ficou em US$ 480 milhões em julho de 2020 (-15,2%). Já o algodão, não cardado nem penteado, somou US$ 107 milhões, com vendas de 77 mil toneladas.
Carnes – suína e bovina
No caso das carnes suína e bovina, foram considerados de melhores desempenhos nas exportações de julho. A ampliação da carne bovina de 23%, subiram de US$ 631 milhões (julho de 2019) para US$ 776 milhões em julho deste ano. A alta aconteceu especialmente em razão das vendas de carne bovina in natura à China, que cresceram 143,3%, marcando US$ 375,50 milhões.
Contudo, as exportações de carne suína obtiveram incremento de 34,2% em valor, marcando US$ 202 milhões em julho de 2020. Além disso, os chineses também foram os responsáveis pela alta das exportações brasileiras, uma compra de US$ 106,68 de carne suína in natura brasileira no mês passado (+90,3%).
Já as exportações de carne de frango tiveram decréscimo no período avaliado, passando de US$ 673 milhões em julho de 2019 para US$ 490 milhões em julho de 2020 (-27,2%).
Países interessados em nossos produtos
Os países que vem comprando nossos produtos marcou um crescimento em torno de US$ 1 bilhão nas exportações para a China. Portanto, isso explica a ampliação das vendas externas em julho deste ano.
As vendas ao país asiático marcaram US$ 3,85 bilhões (alta de 34,3%) ou o correspondente a uma participação de 38,4% de todo o valor exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio.
*Foto: Divulgação