Huawei aposta em baterias em um momento em que o Brasil cresce no fornecimento de energia solar
A empresa chinesa de equipamento de telecomunicações, Huawei, vem avançando no cobiçado setor de energia solar no Brasil. Ela tem liderado no fornecimento de inversores solares, equipamento que recebe a energia dos painéis.
Huawei aposta em baterias por meio de energia solar
A Huawei aposta em baterias em um momento que integra este tipo de mercado brasileiro, com 30%. Sendo assim, com o lançamento de suas baterias elétricas, elas podem ser associadas aos sistemas de geração fotovoltaica. A afirmação é de uma executiva da empresa em declaração à agência Reuters.
Além disso, as companhias chinesas têm se interessado cada vez mais pelo mercado de energia elétrica brasileira. Já os fabricantes do país oriental são os principais fornecedores de equipamentos da crescente indústria solar da América Latina. Além de ser uma aposta de Pequim em energias renováveis e segmentos inovadores.
Empresas brasileiras seguem o mesmo caminho. Prova disso é que a instituição financeira Banco do Brasil construiu a própria usina de energia solar, em Minas Gerais, com capacidade de abastecer 100 agências bancárias no estado.
Todavia, a Huawei afirma que o percurso brasileiro nesta área ainda está no começo, ressalta a diretora de Digital Energy Business da Huawei do Brasil, Quanling Wang:
“Esse setor ainda é muito pequeno em relação ao mercado total, se a gente falar em termos de matriz energética a parte solar representa menos de 2%. Então achamos que a indústria solar tem realmente um futuro muito brilhante no Brasil. E além disso o Brasil tem um recurso muito bom em comparação com qualquer país do mundo, de sol, de irradiação.”
Ela ainda acrescentou à Reuters que as usinas solares em operação ou em construção com o uso de inversores solares da Huawei somam em torno de 2 gigawatts em potência. E em “três anos e pouco, já se tornou líder de mercado”.
Capacidade brasileira
Atualmente, o país conta com cerca de 3 gigawatts em capacidade instalada em grandes usinas solares. E ainda cerca de 3,8 gigawatts em sistemas solares em modalidade conhecida como geração distribuída. Isso tudo envolve a instalação de placas fotovoltaicas em telhados ou terrenos para atender diretamente à demanda de empresas e consumidores.
Com participação de mercado em torno de 30%, afirma Wang, a empresa não tem meta específica de crescimento nesse setor. Porém, pretender seguir com seu fornecimento. Isso também engloba módulos, outras soluções como tecnologias que utilizam inteligência artificial (IA) a fim de melhorar o desempenho dos ativos solares.
Solução no sertão da Paraíba
Recentemente, a Huawei implantou uma solução para um projeto solar da geradora Rio Alto, em Coremas, no sertão da Paraíba. A tecnologia promete elevar a geração e tornar mais efetivas e inteligentes as atividades de operação e manutenção com o uso de algoritmos e modelos matemáticos baseados em IA.
Baterias da companhia chinesa
A Huawei aposta em baterias elétricas como soluções no Brasil, e estas podem ser associadas a painéis solares. Um exemplo disso é usá-las para fornecimento de energia de modo ininterrupto.
Dentre os lançamentos da marca chinesa, o primeiro está previsto para ocorrer em novembro. Trata-se de uma bateria direcionada a clientes residenciais. Batizada de Luna 2000, a bateria conta com design modular e capacidade de até 30 kwh, com módulos de 5 kwh cada. Sendo assim, ela é produzida de fosfato de ferro-lítio, geralmente utilizado em carros elétricos.
Já no primeiro semestre de 2021, a empresa deve lançar no país baterias para aplicações comerciais. Neste nicho estão inclusas as grandes usinas de geração centralizada, reforça Wang. Ela disse ainda que a Huawei esta em negociação com clientes e parceiros no país a fim entender soluções mais vantajosas de uso de baterias, além de suas regulamentações.
Baterias próprias
Além disso, Wang também explicou que a empresa chinesa decidiu fabricar suas próprias baterias depois de acumular muitas experiências com aplicações de armazenamento de energia em sua atuação no setor de telecomunicações. Estas baterias são capazes de garantir fornecimento de energia em regiões remotas, como a Amazônia.
*Foto: Divulgação