Cotações do milho ganharam força nos primeiros dias de julho, iniciando o mês com preços mais altos em quase todas as praças averiguadas no indicador da Bolsa Brasileira de Mercadorias
O mês de julho abriu em alta para as cotações do milho. Os preços mais altos do cereal foram averiguados em quase todas as praças mencionadas pelo indicador da Bolsa Brasileira de Mercadorias.
Todavia, vale lembrar que em fevereiro o etanol de milho foi destaque na entressafra de cana-de-açúcar, dias antes do anúncio da pandemia de Covid-19.
Cotações do milho mais positivas neste mês
A maior alta do produto foi registrada na cidade de Acreúna, em Goiás, local onde a saca subiu mais de 8% em um único dia e o preço da saca na região atingiu a marca de R$ 40. Sendo assim, o impacto econômico deixou de registrar queda acumulada, como ocorreu nos últimos 30 dias.
Na quinta-feira passada (2), os preços voltaram a subir em quase todas as regiões produtoras de milho. No município de Primavera do Leste (MT), o crescimento foi de mais de 4% no dia. Com isso, o preço da saca subiu para R$ 35,50.
No Rio Grande do Sul os preços do cereal também indicaram variação positiva na primeira semana deste mês. Na cidade de Sarandi (RS), a alta foi de 4,35% no dia 2, o que fez o preço da saca do milho aumentar e alcançar R$ 48.
Sobre isso, Sérgio Fontoura Júnior, da Corretora Renato Agronegócios, associado à Bolsa Brasileira de Mercadorias, explicou:
“Aqui no Rio Grande do Sul os preços deram uma melhorada devido ao atraso das entregas da safrinha, mas o mercado reagiu também nos preços futuros.”
Posição em 2021
Segundo informações da corretora, algumas multinacionais já estão negociando a posição de fevereiro de 2021, no valor de até R$ 54. Este preço compreende que entrega seja realizada no Porto de Rio Grande e ainda há uma oferta de R$ no mercado spot para a região de Vacaria (RS).
Contudo, um ano atrás, em julho de 2019, o setor de exportação de milho deu ao Brasil o segundo lugar em nível mundial.
Além disso, o que também tem beneficiado os preços atuais nos portos é o câmbio que aumenta a competitividade do milho brasileiro. Neste ano, o dólar já acumula uma alta de mais de 35% em comparação ao real.
Fora Goiás e Rio Grande do Sul, outros estados também abriram o mês de julho com cotações do milho mais altas. São eles: Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Fonte: Revista Rural
*Foto: Divulgação/José Schafer