A aquisição de menos soja brasileira, também respingou nos Estados Unidos, no ano passado
As importações de soja dos Estados Unidos pela China caíram 10% em 2022. É o que revelou os dados alfandegários da última sexta-feira (20). Isso reduz a participação dos Estados Unidos no maior mercado mundial da oleaginosa para menos de um terço. Além disso, o Brasil também perdeu mercado, com recuo de 6%, caindo para 54,4 milhões de toneladas.
Menos soja brasileira
Mas os Estados Unidos, segundo maior fornecedor da China, perderam mais do que o Brasil, com os embarques caindo 10%, para 29 milhões de toneladas. Enquanto, isso, no Brasil, principal fornecedor, recuaram 6%, para 54,4 milhões de toneladas.
Vale lembrar que as importações totais de soja pela China em 2022 caíram 5,6%, para 91,08 milhões de toneladas. Isso ocorreu por conta dos altos preços globais e à demanda mais fraca no início do ano.
Entretanto, apesar do recuo de mercado por conta da baixa procura da China, o Brasil chegou a faturar com as exportações U$$ 58 bilhões, no mês de maio.
Seca no Brasil
Contudo, a seca no Brasil no início do ano restringiu a oferta e elevou os preços globais. Posteriormente, o baixo nível das águas do rio Mississipi dificultou a logística nos Estados Unidos, o que desacelerou as exportações da soja para a China.
Por outro lado, o território brasileiro manteve sua participação de 60% no mercado, enquanto que a participação dos Estados Unidos caiu ligeiramente para menos de 32%, de acordo com os cálculos da Reuters com base nos dados.
Uruguai – maior exportador no momento
Agora, o Uruguai, considerado um fornecedor de menor relevância, foi o principal ganhador. Isso porque com suas exportações à China, dobrou de 866.000 toneladas em 2021 para 1,79 milhão de toneladas no ano passado. Por fim, as importações da Argentina tiveram pouca variação, ficando em 3,65 milhões de toneladas.
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