Novo imposto da gasolina, segundo Fernando Haddad, ainda precisará de alguns ajustes por parte do Ministério de Minas e Energia, comandado por Alexandre Silveira
Na última terça-feira (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou as mudanças na tributação da gasolina. Após uma nova rodada de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo definiu as medidas que vai adotar. Entretanto, ainda precisa de alguns ajustes por parte do Ministério de Minas e Energia, comandado por Alexandre Silveira.
Novo imposto da gasolina
De acordo com Haddad, ao retornar da reunião no Planalto, na terça:
“Às 17h, a gente vai detalhar todas as medidas. Só estamos aguardando algumas definições de fora do Ministério da Fazenda, que são do Ministério de Minas e Energia.”
Vale destacar que Haddad teve uma nova reunião com Lula, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) por causa de “detalhes” do novo imposto da gasolina e e do combustível alternativo, no caso: o etanol.
MP
Já a medida provisória editada no início do ano que prorrogou a desoneração para gasolina e etanol venceu também na terça-feira e, por isso, o governo precisou anunciar sua decisão para reonerar esses combustíveis.
Além da tributação, o governo discutiu ainda possíveis alterações na política de preços da Petrobras. Tal medida é vista como alternativa para evitar que contribuintes tenham que pagar mais caro para abastecer seus veículos. Na segunda-feira (27), Haddad disse que a Petrobras tem um “colchão” que pode ser a contribuição da estatal para ajudar a conter o preço da gasolina, em meio às discussões sobre a reoneração dos combustíveis.
Valor
Por outro lado, o ministro da Fazenda não detalhou qual o valor dessa gordura. Porém, afirmou que a estatal não precisa reformular a sua política de paridade de preços com o mercado internacional, chamada de PPI. Além disso, o número 2 da Fazenda, Gabriel Galípolo, foi até o Rio de Janeiro para discutir com a diretoria da Petrobras possíveis colaborações.
Ainda na segunda-feira, o Ministério da Fazenda já havia informado que voltariam a ser cobrados os impostos federais sobre a gasolina e o etanol. A ideia, segundo a pasta, é manter a arrecadação de R$ 28,9 bilhões previstos no pacote de medidas anunciado no dia 12 de janeiro.
Por fim, a pasta não informou os percentuais de imposto por litro no novo modelo de cobrança de imposto. Na cadeia, combustível fóssil será mais onerado.
*Foto: Reprodução/Unsplash (Erik Mclean)