Hoje, o mercado de biodiesel produz o combustível a partir de duas linhas: por transesterificação e HVO (Hydrotreated Vegetable Oil)
O Grupo Potencial já realizou no passado, mais precisamente em 2010, o maior investimento de sua história para construir uma usina de biodiesel, situada na cidade Lapa, no Paraná. Este feito de anos atrás está sendo o fio condutor para que a companhia se torne a maior produtora do mundo desse tipo de energia renovável, no segmento de usinas que usam o processo de transesterificação.
De acordo com a Potencial Biodiesel, a terceira planta deve ser inaugurada em junho de 2020. Assim que já estiver em operação, a expectativa é que a atual capacidade de produção aumente de 360 milhões de litros (2,5 mil m³ por ano, para 900 milhões de litros (900 mil m³) ao fim dos primeiros 12 meses de funcionamento).
Transesterificação x HVO (Hydrotreated Vegetable Oil)
O mercado de biodiesel conta com dois modos de produção do diesel renovável em uso. A primeira forma é por transesterificação, processo escolhido pela Potencial Biodiesel, em que o combustível é o resultado da reação entre metanol e triglicerídeos extraídos de óleos vegetais. Quam opta pelo processo de HVO, terá a obtenção da reação entre óleos vegetais e hidrogênio.
Segundo Luiz José Meira, que é diretor superintendente da Potencial Biodiesel, no Brasil a transesterificação é a tecnologia mais usada e que possui maior eficácia na fabricação deste tipo de energia renovável. Ele também esclareceu em entrevista ao Portal Terra:
“Quanto ao HVO, estamos apenas estudando o assunto para aprender mais sobre essa tecnologia. Para que esse produto seja viável economicamente no Brasil, seriam necessárias políticas ambientais compensatórias, a exemplo do que existe na Europa e nos EUA”.
Investimento
Todo o projeto para que o Grupo Potencial se torne líder de mercado do uso de transesterificação foi no valor de R$ 300 milhões. Deste montante, a maior parte veio de recurso próprio. A quantia também envolveu a primeira planta de biodiesel e o projeto da Potencial Glycerine, que foi planejado e desenhado antes da expansão. Meira ressaltou em relação a esta questão que:
“Já iniciamos como sendo a maior produtora de glicerina refinada do Brasil, mas com a produção de glicerina bruta desta nova ampliação, teremos que dobrar a capacidade da refinaria de glicerina também”.
Ele também admite que desde o Grupo Potencial entrou no mercado de biodiesel, a prioridade de investimentos passou por modificações conforme a evolução do próprio setor:
“Preferimos primeiro investir no aumento de produção de biodiesel e no refino de glicerina”.
Nova planta
Em relação à inauguração da nova planta da empresa, ela diz que contratou companhias que são consideradas como referência de inovação no segmento. Entre elas está a Crown Iron, que será responsável pelo processo de fabricação do biodiesel.
“As empresas Alfa Laval e Desmet Ballestra também serão fornecedoras de outras tecnologias que complementarão o nosso projeto”.
Já quando o assunto gira em torno do futuro do conglomerado, a informação é de que ele depende da indústria de biodiesel, além da distribuição de combustíveis que devem ser tratadas como negócios completamente diferentes.
Mesmo que pesquisas revelem que o setor de energia renovável siga um rumo em que pode se tornar maior que o fóssil no decorrer dos próximos 20 anos, com o objetivo de atender igualmente esta demanda que só cresce.
Fontes: Portal do Agronegócio, via Portal Terra
*Foto: Divulgação