Queda de oleaginosa reflete em várias praças que registraram baixas expressivas na soja disponível; Chicago fechou em baixa de 2,23%, ficando abaixo de 15 dólares por bushel
O mercado brasileiro de soja registrou poucos negócios na última terça-feira (28), com os preços em queda acentuada. Sendo assim, os produtores evitam negociar nestas condições. Além disso, alguns lotes pontuais foram movimentados por agentes que acreditam em retrações ainda maiores.
Vale lembrar que o movimento de queda já havia sido registrado em na segunda quinzena de janeiro deste ano.
Queda de oleaginosa no país
O mês de fevereiro resultou na queda de oleaginosa no país, além de pouca movimentação e de muitas baixas nos preços. Os prêmios tiveram influência significativa sobre a desvalorização.
Preços da soja disponível
Confira a seguir os preços do produto:
- Passo Fundo (RS): a saca de 60 quilos caiu de R$ 171,00 para R$ 167,00
- Região das Missões: a cotação baixou de R$ 170,00 para R$ 166,00
- Porto de Rio Grande: o preço da soja recuou de R$ 176,00 para R$ 172,00
- Cascavel (PR): caiu de R$ 165,00 para R$ 164,00
- Porto de Paranaguá (PR): a saca da soja desvalorizou de R$ 171,00 para R$ 170,00
- Rondonópolis (MT): decresceu de R$ 154,00 para R$ 151,00
- Dourados (MS): a cotação caiu de R$ 153,00 para R$ 152,50
- Rio Verde (GO): o preço da soja passou de R$ 151,00 para R$ 149,00
Vale destacar que também no mês passado, os preços caíram em torno de 3% nas praças gaúchas, com retração de 1 a 1,5% nas paranaenses; de aproximadamente 5% em Rondonópolis e Rio Verde, e baixa de quase 3% em Dourados.
Soja em Chicago
Por outro lado, os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a tterça passada com preços mais baixos. O mercado caiu pela quinta sessão consecutiva, pressionado pela maior oferta na América do Sul, que compete com o produto dos Estados Unidos.
Segundo agências internacionais, também pesou um movimento de liquidação de posições compradas por parte de fundos, reflexo da escassez de notícias positivas e de um reposicionamento de carteiras diante do fim do mês.
Ainda em relaçãos aos preços: tiveram a maior queda diária desde a primeira sessão do ano. Traders consideram que a soja seja a commodity mais suscetível ao movimento técnico. Isso porque o milho e o trigo já caíram bastante recentemente.
Contratos futuros
Contudo, os contratos da soja em grão com entrega em maio de 2023 fecharam com baixa de 33,75 centavos de dólar por bushel ou 2,23% a US$ 14,79 por bushel. A posição julho/23 teve cotação de US$ 14,69 1/2 por bushel, com recuo de 32,00 centavos ou 2,13%.
Nos subprodutos, a posição maio/23 do farelo fechou com baixa de US$ 14,70 ou 3,05% a US$ 467,10 por tonelada. Já no óleo, os contratos com vencimento em maio fecharam a 60,04 centavos de dólar, recuo de 0,30 centavos ou 0,49%.
Câmbio
Por fim, o dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,36%, sendo negociado a R$ 5,2240 para venda e a R$ 5,2220 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1800 e a máxima de R$ 5,2420.
*Foto: Reprodução/Unsplash (Donnie Rosie)