Safra alcooleira no Norte-Nordeste somou 19,41 milhões de toneladas até o dia 15 de outubro
Com a safra alcooleira no Norte-Nordeste do país mais desenvolvida, a produção de etanol anidro e hidratado está crescendo mais também. A moagem de cana pelas unidades produtoras desta região na safra 2021/22 somou 19,41 milhões de toneladas até o dia 15 de outubro. Isso reflete um aumento de 2,3% ante os 18,97 milhões de toneladas processadas no mesmo período do ciclo anterior.
Safra alcooleira no Norte-Nordeste
Segundo indicadores compilados pela Associação dos Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio), a atual safra alcooleira no Norte-Nordeste segue num ritmo maior do que a safra anterior.
Isso porque ao considerar o total da cana moída desde o começo da safra, em maio, até o fim da primeira quinzena de outubro, corresponde a 67,57% deste volume. Por sua vez, ele foi destinado à fabricação de etanol e 32,43% para o açúcar. Já na safra passada, este mix foi de 66,84% e 33,16%, respectivamente.
Produção total de etanol
Além disso, a produção total de etanol (anidro e hidratado) já somou 951 mil litros. Esta é uma alta de 3,5% em relação ao mesmo período da safra anterior, ocasião em que foram produzidos 919 mil litros.
Indústria sucroenergética do Norte-Nordeste
Desde o começo da moagem 2021/22, a indústria sucroenergética do Norte-Nordeste produziu 498,2 mil litros de etanol anidro. Ou seja, um volume 12,2% superior ao ciclo anterior, quando o total foi de 444 mil litros.
Sendo assim, a perspectiva da NovaBio é que, até o término da safra, em março de 2022, a produção de etanol aumente em mais de 2,3 bilhões de litros. E ainda com volume aproximadamente 7,6% maior em relação à safra 2020/2021.
Safra alcooleira no Norte-Nordeste, com etanol anidro e hidratado
Segundo Renato Cunha, presidente da NovaBio, o empenho do setor produtivo do Norte-Nordeste em fazer jus aos compromissos assumidos com o governo federal para manter a entrega do anidro, com o crescimento da produção de etanol concentrado no biocombustível direcionado à mistura na gasolina.
Ele avalia ainda a situação atual e as perspectivas de produção em relação ao etanol hidratado, que até dia 15 registrou queda, atingindo 452,7 mil litros em comparação com os 475,1 mil litros verificados no ciclo anterior.
“Essa retração reflete, sobretudo, o consumo oscilante do combustível em função dos contextos da crise sanitária.”
Em contrapartida, o estoque físico do hidratado recuou 7,75%, totalizando 138 milhões de litros contra 149,6 milhões armazenados em 2020/21. Ao todo, os estoques do Norte-Nordeste para os dois produtos, anidro e hidratado, somavam 328,9 mil litros em 15 de outubro, volume 12,4% maior do que no ciclo passado, com 292,6 milhões de litros.
Produção de açúcar
Por fim, no acumulado de maior a 15 de outubro deste ano, a produção de açúcar registrou leve alta em relação ao mesmo período do ciclo anterior. Já as usinas da região fabricaram 776 mil toneladas, quantidade 0,3% superior ao ano passado, com 774 mil toneladas.
Agora, a expectativa do setor sucroalcooleiro no Norte-Nordeste é de que a moagem 2021/2022 seja encerrada com a fabricação de 3,2 milhões de toneladas do produto. Esse volume seria 7,6% maior do que o verificado em 2020/21, que foi de 3 milhões de toneladas.
Em compensação, a quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) aponta para um índice médio de 133 kg/t.
No Norte, a safra vai de maio a abril nos estados do Ceará, Maranhão, Pará, Piauí e Tocantins. Já no Nordeste, a moagem é realizada de setembro a agosto nos estados de Pernambuco, Alagoas, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe.
*Foto: Reprodução/Marcelo Brandt/G1