Mesmo com acordo firmado entre EUA e China, a oferta de soja brasileira a um melhor preço pode atrapalhar os negócios dos norte-americanos
Segundo dados fornecidos por Washington, os chineses se comprometeram a comprar mais de 10 milhões de toneladas da oleaginosa.
Porém, com a entrada no mercado da nova sofra de soja do Brasil anunciado no fim de fevereiro, Pequim pode não conseguir honrar o prometido.
O motivo do possível atrito é que a colheita sul-americana atenda melhor a alta demanda do mercado chinês dado o fato que a safra dos EUA foi colhida ano passado.
Especialistas americanos dão seus palpites e temem pelo não cumprimento do contrato firmado com os chineses.
Com isso em mente, o preço da soja dos EUA subiu nos últimos dias de fevereiro com a indefinição do acordo comercial.
A China é o maior importador de soja do mundo e atendendo à uma trégua provisória no tumulto comercial em que vive com os EUA há tempos, voltou a comprar algumas cargas de soja do país comandado por Donald Trump.
Mesmo assim, as compras da oleaginosa permanecem em atraso.
Dos mais de 10 milhões de toneladas da colheita acordadas entre ambos os países, apenas 7,4 milhões foram vendidas à China.
Segundo dados do governo norte-americano, no mesmo período em 2018 esse número foi de 26 milhões de compras.
Implicação da peste suína na China
Um surto de peste suína africana assola o país asiático e pode afetar a demanda por soja, que é usada na produção de ração animal.
*Foto: Reprodução / Free Images – Roberto Ribeiro