Shell busca novas fontes de receita e pretende até 2025 implantar em torno de 500 mil pontos de carregamento de veículos elétricos
Em maio deste ano, a Royal Dutch Shell destacou a estratégia de transição energética. O objetivo é aliar suas operações às metas de ‘net zero’, ou seja, emissões líquidas zero. Em 2020, as receitas da companhia tiveram queda de 47%, na comparação anual, para US$ 183 bilhões. O prejuízo líquido no período foi de US$ 21 bilhões. Além disso, a Shell reportou também US$ 34 bilhões em fluxo de caixa, que suportaram US$ 17 bilhões em despesas de capital e US$ 9,4 bilhões em dividendos e recompra de ações.
Shell busca novas fontes de receita
Shell busca novas fontes de receita como uma estratégia. Sendo assim, ela pretende direcionar uma parcela maior das despesas de capital a negócios de crescimento e transição, em vez de priorizar as áreas convencionais de exploração e produção. Além disso, à medida que a empresa avança rumo a uma dívida líquida de menos de US$ 65 bilhões, os gastos de capital em caixa devem aumentar de US$ 22 bilhões para US$ 27 bilhões.
Metas
Por outro lado, até 2025, a empresa tem a meta de lançar 15 mil lojas de conveniência, ampliar sua carteira de serviços de varejo e implementar aproximadamente 500 mil postos de carregamento de veículos elétricos.
Vale lembrar que hoje, os carros elétricos já custam quase o preço de um veículo movido à gasolina.
Novos fluxos de receita
Ainda sobre novos fluxos de receita, a companhia lançou a Shell Café, na Holanda e na Rússia. Aqui, a estratégia é manter a participação de mercado em setores resilientes, ampliar a base de clientes e adquirir experiência na descarbonização da mobilidade e de outros setores.
Hidrogênio limpo
Por outro lado, a Shell busca uma participação na casa de dois dígitos no mercado de hidrogênio limpo até 2035. A estimativa é que esses negócios recebam 30% do orçamento de despesas de capital. Enquanto isso, a dívida líquida cai para menos de US$ 65 bilhões.
Portfólio de transição
É esperado que o portfólio de transição receba a maior parcela, entre 35% e 40%, do orçamento de alocação de capital. Isso uma vez que corrobora com quase 60% dos lucros da empresa.
Para o segmento de gás integrado, a Shell tem como meta uma participação de 20% nas despesas operacionais até o ano que vem, além da ampliação da capacidade de GNL em 7 mtpa (milhões de toneladas por ano) nos próximos quatro anos.
Por fim, os segmentos de produtos químicos vão se concentrar na expansão da oferta de produtos sustentáveis e no processamento de cerca de 1 mtpa de resíduos plásticos até 2025.
*Foto: Divulgação