Venda da Enerbrás para Vinci pelo valor de R$ 265,8 milhões tem o intuito de reduzir o envidamento da Renova Energia, que enfrenta recuperação judicial
Na última segunda-feira (6), a Renova Energia comunicou ao mercado que cincluiu por R$ 265,8 milhões a venda da Unidade Produtiva Isolada Enerbrás para a Vinci Energia.
A operação foi realizada com base no edital da UPI e do Plano de Recuperação Judicial do Grupo Renova. A venda havia sido anunciada em novembro de 2021, quando a Vinci foi anunciada vencedora do processo competitivo.
Vale destacar que no primeiro trimestre deste ano, a Renova registrou prejuízo de R$ 66 milhões. E isso afetou o desempenho da empresa que segue a colocar em operação comercial os aerogeradores em Alto Sertão III – Fase A.
Venda da Enerbrás para Vinci
Além disso, a venda da Enerbrás para Vinci envolveu todas as ações ordinárias e preferenciais, escriturais e sem valor nominal de emissão da Enerbrás e indiretamente da Energética Serra da Prata para a Monte Pascoal Holding, no valor de R$ 265,8 milhões. Todavia, uma parcela equivalente a 8% do preço permanecerá reservada para eventuais ajustes de preço, por até seis meses, por conta de condicionantes previstas no contrato. Já a Monte Pascoal é uma investida da V2I Energia S.A., que possui como gestora a Vinci Infraestrutura Gestora de Recursos.
Plano de Recuperação Judicial
De acordo com o que consta no Plano de Recuperação Judicial, os valores obtidos com a transação serão destinados à:
- liquidação de uma dívida extraconcursal com o Banco BTG Pactual no valor de R$ 228.123.812,26;
- do pagamento a credores com garantia real;
- e credores quirografários e despesas operacionais da Renova e suas subsidiárias.
Redução da dívida
Por fim, segundo a Renova Energia, a negociação reduzirá o endividamento da empresa. E com a conversão dos créditos de partes associadas em poder do FIP AP Energias Renováveis, no valor de R$ 770 milhões, conforme o Plano de Recuperação Judicial. Ela será no próximo aumento de capital da companhia, e representará uma expressiva diminuição do endividamento da companhia em mais de R$ 1 bilhão.
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