Produtores precisam ficar bastante atentos a alguns assuntos para ter sucesso na hora da colheita
A safra 2019/2020 da soja requer alguns cuidados de seus produtores locais. Entre eles está a questão do dólar. De acordo com o mercado financeiro, há uma expectativa de que o a moeda americana esteja cotada próxima de R$ 3,80 no final de 2019 e do ano que vem. Este estudo saiu no mês de julho deste ano no Relatório Focus. A pesquisa é um levantamento realizado pelo Banco Central junto à instituições financeiras. Porém, economistas acreditam que o valor do dólar caia mais e projete um câmbio de R$ 3,50 durante os próximos meses.
Fator climático
O Centro Americano de Meteorologia e Oceanografia (NOAA, em inglês) afirma que o fenômeno El Niño não deve prosseguir no decorrer dos próximos meses. A hipótese já caiu para 50% no boletim relacionado ao mês de julho. Já no período entre julho e setembro, a chance de neutralidade pode atingir cerca de 60%. Neste fator, o El Niño ficaria reduzido a menos de 40%.
Safra 2019/2020 da soja
A produção brasileira de soja para a próxima safra deve girar em torno de 117 milhões de toneladas, ante 115 milhões de toneladas do último ciclo. As estimativas são da Companhia Nacional de Abastecimento. Seria um aumento de 1,7%.
Área plantada no Brasil
Durante o mês de julho ainda não havia um indicativo de zona de plantio nacional. Porém, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) já havia começado os estudos para seu estado. A empresa chegou a afirmar que a região plantada deveria ser expandida em apenas 0,59%, o que equivale a 9,7 milhões de hectares.
Queda do valor de fertilizantes
Segundo a consultoria INTL FCStone, os fertilizantes à base de fosfato e cloreto de potássio tiveram queda nos preços. a redução do valor aconteceu principalmente pela baixa do dólar na época do avanço da reforma da Previdência na Câmara.
Produtividade e custos
Ainda de acordo com o Imea, os custos de produção totais para a safra 2019-2020 da soja já são considerados os mais elevados da história na região. O valor chegaria perto de R$ 3.912,80 por hectare, ante R$ 3.628,54 do período anterior, ou seja, 5% a mais. Caso os valores sejam encerrados desta forma, eles irão ultrapassar até os preços da safra 2016-2017 de R$ 3.862,81, até então este é o recorde histórico.
Peste suína africana
Em função da peste suína africana, as importações chinesas de soja caíram, de acordo com a Administração Geral de Alfândegas e Portos da China. Além disso, o desenvolvimento econômico do país diminuiu em 6,2% no final do primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2018.
Guerra comercial entre chineses e americanos
A guerra comercial entre os dois países fizeram com que ambos perdessem bilhões de dólares em produtos que foram sobretaxados. As conversas entre as duas potências mundiais já foram interrompidas algumas vezes e com isso as porcentagens de tarifas aumentaram.
Renda brasileira
Segundo analistas do setor, a safra de 2019/2020 deve sofrer uma baixa de 016% em relação ao ano passado, quando registrou alta de 20%. Se for confirmada ao final do ciclo este indicativo, será o primeiro recuo desde 2010.
Já os produtores do grão declaram que atuam com margens apertadas, sobretudo em relação aos valores do frete, que são tabelados. Além disso, também se queixam do aumento do câmbio e da redução dos preços dos grãos de outros países.
Sobre isso, o sócio da MacroSetor, Fabio Silveira, afirmou ao Canal Rural:
“Houve queda de preços no mercado internacional, sobretudo da soja, e a economia global está enfraquecendo”.
Fonte: Canal Rural
*Foto: Divulgação