Hortas no sudeste do Pará visam o cultivo e alimentos saudáveis para as famílias, e comunidade local
A partir da criação de hortas no sudeste do Pará, já é uma realizade o cultivo e fornecimento de alimentos saudáveis para as famílias, e comunidade local. Além de conquistar uma fonte de renda extra. Este era o sonho de muitas mulheres da cidade paraense de Itupiranga, no sudeste do Estado, distante quase 600 km da capital Belém.
Hortas no sudeste do Pará
Este sonho ganhou força e se ternou realidade por meio de parceria com a Embrapa. Nasceu assim o projeto Hortamazon (Tecnologias sustentáveis para o fortalecimento da olericultura na Amazônia), no âmbito do Fundo Amazônia.
Há mais de 20 anos organizadas por meio da Associação de Mulheres da Cidade e do Campo, o desejo de produzir na terra era grande. Embora, muitas das associadas tivessem em sua herança a marca da agricultura familiar, produzir na zona urbana era um desafio que parecia difícil de superar.
No entanto, elas identificaram que o que faltava para atingir o sucesso era técnica e equioamentos. É o que revela a engenheira agrônoma da Embrapa Amazônia Oriental, Mazillene Borges. Ela afirma que o verde voltou a brotar nas terras da associação.
Ela diz ainda que em 2019, depois de muitas tratativas e visitas de campo e, especialmente, o desejo de fazer acontecer, se concretizou em um acordo de cooperação técnica entre a Embrapa Amazônia Oriental, Prefeitura de Itupiranga e Associação de Mulheres da Cidade e do Campo, com apoio da Emater Pará.
URT
Contudo, a parceria visava a implementação de uma Unidade de Referência Tecnológica (URT) e vitrine tecnológica como mais uma ação do projeto Tecnologias Sustentáveis para o Fortalecimento da Olericultura na Amazônia (Hortamazon). Ele é vinculado ao Fundo Amazônia Fundo Amazônia, com operacionalização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em cooperação com o Ministério do Meio Ambiente.
Parceria teve saldo positivo
A iniciativa trouxe conhecimentos técnicos, infraestrutura. Porém, trouxe também novos meios de organização, partindo do respeito aos saberes tradicionais das mulheres que integram o projeto, afirmam com orgulho dona Izaura Wolf Soares, de 64 anos, e Lindalva Rodrigues Carvalho, 49 anos, responsáveis pelo espaço e pela associação.
E entre as ações iniciais, aconteceram oficinas de valorização da ação coletiva das mulheres, com o objetivo de saber os sonhos, anseios. Ambos provaram ser fundamentais para implantação da horta coletiva e a superação dos obstáculos que viriam pela frente.
*Foto: Divulgação/Embrapa