Plástico no litoral brasileiro ainda não possui um planejamento correto para sua remoção dos mares e praias
Um dos maiores desafios do século 21, a questão do plástico em regiões litorâneas do Brasil causa comoção para os ambientalistas. Isso porque o plástico sintético chegou como promessa de novos tempos em meados de 1900, e na época abriu uma série de possibilidades para a indústria nos mais diversos setores da economia. Além disso, seu potencial foi muito explorado a ponto do plástico se tornar tão importante a ponto de a sociedade não imaginar sua vida sem ele.
Entretanto, toda esta revolução ocorreu em um planejamento para a fase final do plástico. E após um século de produção em larga escala, um problema sério cresce diante de todo o planeta.
Plástico no litoral brasileiro
Hoje, são mais de 11 milhões de toneladas que entram nos oceanos do mundo. E a expectativa é que esse número triplique até o ano de 2040. É o que afirma a publicação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Além disso, a organização estima que mais de 85% do total de resíduos produzidos pelo homem que chegam aos ecossistemas marinhos sejam constituídos de plástico.
Por outro lado, o plástico segue importante para a sociedade. Mas, também, cada um de nós deve ter responsabilidade por nossos atos. É neste momento que entra a economia circular. Em suma, é preciso evoluir para que a cadeia produtiva faça melhor uso dos recursos, com a otimização nos processos de fabricação, menor dependência de matérias-primas virgens, priorizando insumos mais duráveis, recicláveis e renováveis e operando dentro de novos modelos de negócio.
Empresa 3M ajuda a recolher mais de 180 toneladas de plástico
Atenta a todo este impacto social e econômico, a empresa 3M possui ações efetivas, como por exemplo, reduzir a dependência de plástico fóssil virgem em 57 mil toneladas até 2025. E há anos, a companhia já desenvolve o projeto de reciclagem de esponjas em parceria com a Terra Cycle, assim como também mantém parceria do Programa “Dê a Mão para o Futuro”, criado pela ABIHPEC, que promove a recuperação e reciclagem de embalagens pós-consumo.
Coleta de plástico em pontos do litoral brasileiro
A 3M Global viu a oportunidade de reforçar a economia circular, estimulando a coleta de plástico em pontos do litoral brasileiro, levando o material de volta à cadeia produtiva.
Sua contribuição, realizada por meio da entidade sem fins lucrativos Global Giving, se efetivou por meio do aporte de 100 mil dólares para a Plastic Bank, uma empresa social canadense que possui operações no Brasil desde 2019, responsável por promover a retirada de plástico em áreas costeiras, evitando a poluição dos oceanos.
A empresa social atua em conjunto com comunidades litorâneas locais, oferecendo emprego de coleta e capacitação profissional para a atividade de reciclagem – há 4.194 pessoas registradas no Brasil.
Investimento
O valor investido pela 3M vai ajudar a recolher aproximadamente 182 toneladas de plástico do litoral brasileiro. Isso representa algo próximo a 9,1 milhões de garrafinhas plásticas de 500 ml. Além disso, a companhia pode acompanhar virtualmente cada passo dessa ação que se apoia na tecnologia blockchain. Portanto, há uma segurança e transparência dos registros (que são feitos em tempo real), e poder enxergar esse impacto é um grande incentivo.
Voluntários da 3M
Por fim, para celebrar o Dia Internacional do Voluntariado (5 de dezembro), a 3M está organizando uma visita com seu grupo de Sustentabilidade a uma das cooperativas da Plastic Bank situada em Bertioga, litoral norte de São Paulo.
A proposta é entender melhor sobre a destinação desse plástico social e, eventualmente, incorporá-lo nos processos da 3M, que já lançou a primeira embalagem de produto feita com plástico 100% reutilizado na área automotiva.
*Foto: Reprodução