Produção da soja atual é a principal cultura cultivada e representa hoje em torno de 50% da colheita de grãos no Brasil
A produção da soja atual, ou seja, da safra 2020/21 gerou um aumento de área em 3,4%. Em números isso significa ter a possibilidade de atingir 133,7 milhões de toneladas no país.
Produção da soja atual
Hoje, a oleaginosa é a principal cultura cultivada e representa hoje em torno de 50% da colheita de grãos no Brasil. Uma estimativa de 264,8 milhões de toneladas, conforme aponta o 4º Levantamento da Safra de Grãos.
Ontem (13), o boletim divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revelou que a produção total deve registrar um crescimento de 7,9 milhões de toneladas se comparado com a safra 2019/20, quando a colheita foi de 256,94.
Já em novembro, a soja se aproximava da média histórica.
Colheita
Em termos de colheita, a soja já teve início em Mato Grosso, segundo dados da Companhia no Progresso de Safra desta semana. O estado, que é o principal produtor de soja, a produção poderá chegar a 35,43 milhões de toneladas. Mas pode haver uma ligeira queda com o estimado na safra anterior. Isso apesar da expectativa de aumento na área plantada. O resultado é reflexo da estimativa de menor produtividade. Isso porque as condições climáticas de 2019 não se repetiram até então.
Milho
Neste começo de 2021, outro grão de destaque é o milho. Hoje, a produção total é estimada em 102,3 milhões de toneladas. A primeira safra do cereal deve apresentar uma queda de 6,9%.
Além disso, as condições climáticas desfavoráveis no momento do cultivo da primeira safra influenciaram a produtividade, especialmente no Sul do país.
Por outro lado, a redução neste índice foi estimada em 11%, no Rio Grande do Sul. Portanto, a produção tende a ser 9,3% menor.
Em Santa Catarina, os percentuais de queda na produtividade e na colheita da primeira safra são ainda maiores, atingindo entre 14% e 12,7% respectivamente. Em ambos os estados, a área destinada ao plantio do grão deve crescer, o que reduz um pouco a queda no volume de produção.
Arroz
Contudo, no caso da colheita de arroz o aumento de área foi menor do que o esperado. Isso principalmente pelo fato de as chuvas não abastecerem satisfatoriamente as barragens que fornecem água para as lavouras irrigadas na região Sul.
Por consequência, as condições climáticas também impactaram a produtividade. Sendo assim, a produção deve marcar os 10,9 milhões de toneladas, queda de 2,5% em comparação com a safra anterior.
Oferta e demanda
Neste 4º levantamento, houve uma revisão da periodicidade e metodologia do quadro de oferta e demanda de arroz. Sobre isso, a Conab alterou a janela de análise anual de cada safra. E ainda passou do período de março a fevereiro para janeiro a dezembro.
Vale lembrar que esta alteração já era solicitada pelo setor. O intuito é gerar maior transparência e precisão nas estimativas de estoques. Isso porque ao estimar o estoque de passagem em fevereiro, era necessário desconsiderar o produto novo colhido nos primeiros meses do ano.
Por fim, com tal alteração, o estoque físico real, ao final de dezembro, será igual ao publicado como estoque de passagem no fim do mesmo mês. Pois a colheita do arroz inicia-se apenas em janeiro de cada ano.
*Foto: Divulgação/MAPA