Além do terceiro reajuste seguido da gasolina, em 4%, a Petrobras afirmou que também elevará o preço do diesel em 5%
Na última quinta-feira (8)m a Petrobras infirmou que acontecerá o terceiro reajuste seguido da gasolina em suas refinarias em 4%. O novo preço passa a valer hoje (10). Já o diesel será reajustado em 5%. Este é segundo aumento do combustível desde o final de setembro. As informações são da assessoria de imprensa da estatal.
Terceiro reajuste seguido da gasolina
Com o terceiro reajuste seguido da gasolina, a nota alta fará com que o preço médio do combustível nas refinarias passe a ser de R$ 1,8140 por litro. Segundo dados da Petrobras compilados pela agência Reuters, o valor médio do diesel avança para R$ 1,6350 por litro.
No entanto, a cotação da gasolina ainda acumula queda de 5,4% frente aos valores praticados no começo de 2020. Porém, já opera distante das mínimas registradas no início de abril. Este período foi o auge das medidas restritivas vinculadas à pandemia de Covid-19 no país, quanto o litro chegou a custar menos de R$ 1.
Valor médio do diesel
Em relação ao valor médio do diesel, nas refinarias da estatal houve um recuo em torno de 30% no acumulado deste ano. Nas mínimas de 2020, entre fim de abril e início de maio, o preço do combustível mais usado do Brasil girou em torno de R$ 1,30 por litro.
Paridade de importação
Todavia, a petroleira defende que sua fórmula de preços como base da chamada paridade de importação, que considera os preços do petróleo no mercado internacional e o câmbio, entre outros fatores.
Nesta sexta, o petróleo Brent recuava US$ 0,56, ou 1,29%, a US$ 42,78 por barril, às 14:22 (horário de Brasília). Porém, ainda assim caminhava para firmes ganhos semanais de quase 10%, após o registro de cortes de oferta causados pela passagem de um furacão pelo Golfo do México e por uma greve de trabalhadores “offshore” na Noruega.
Enquanto isso, o dólar era negociado em quase R$ 5,53, recuando frente ao real e ainda me meio a expectativas por novas medidas de estímulo nos EUA.
Vale lembrar que no começo deste mês a Petrobras anunciou que superou a crise de produção de combustíves.
Paridade internacional do diesel
De acordo com o analista da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman, o reajuste do diesel aproxima o produto da paridade internacional. Isso porque a defasagem local era estimada em torno de 8% antes do movimento de ontem (9).
Por outro lado, o terceiro reajuste seguido da gasolina calculava um hiato maior em comparação ao preço externo de quase 12% antes do reajuste. Sobre isso, o analista afirmou:
“Eles (Petrobras) estão mais céleres, e também têm feito os ajustes necessários. Tinha espaço para subir preço, tinha hiato… hoje esse hiato está maior na gasolina e é possível que mais ajustes altistas sejam feitos.”
Repasse ao consumidor
Por fim, o repasse dos reajustes dos combustíveis nas refinarias ao consumidor final nos postos não é garantido. Além disso, ele depende de uma série de questões, entre as quais: margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel.