Segundo Luiz Barata, diretor geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), entende que dentro de no máximo cinco anos as usinas térmicas a gás natural integrarão a base da matriz elétrica do país. Atualmente, esta posição ocupada pelas hidrelétricas. No entanto, de acordo com o diretor, as térmicas a diesel e óleo combustível estão com seus dias contados.
Além disso, o executivo enxergou como positiva a atitude do governo de preparar um leilão em 2020, jamais realizado antes, em que usinas termelétricas serão negociadas na intenção de substituir parte desses locais mais poluentes do Brasil.
Como deverá ser o leilão
O leilão deve ocorrer no ano que vem com a finalidade de suprir um pouco mais de 3.000 megawatts médios de usinas que possuem contratos que vencerão entre 2023 e 2025.
No passado já era certo que deveria ser feita a introdução de suínas a gás natural na matriz elétrica nacional. Porém, a falta de insumo para este propósito fez com que fosse realizada a contratação de usinas a óleo, com o intuito de manter a segurança do sistema.
Sobre isso, Barata afirmou durante palestra no Encontro Nacional do Setor Elétrico (Enase), voltado ao setor de gás, o Enase Gás:
“Nossa expectativa no início do ano 2000 é que tivesse participação de térmicas a gás, mas em 2007 e 2008 acabou se comprando (usinas a) óleo combustível e diesel, que tem um CVU (custo) muito alto, ma que felizmente não temos utilizado e estão com seus dias contatos”.
Usinas térmicas a gás natural
O diretor ainda destacou que as usinas térmicas a gás natural, situadas nas cidades de Araucária, Cuiabá e Uruguaiana são exemplos de excelência no setor e que não conseguem ser expedidas no Sistema Interligado Nacional (SIN) por falta de gás acessível.
Para ele, a inclusão de usinas menos poluentes a gás natural é a aliança perfeita junto à necessidade de utilização do gás in natura que viria do pré-sal.
Todavia, como em território nacional o gás natural é ligado ao petróleo, o crescimento de produção só pode acontecer se tiver o uso do gás natural. Atualmente, ele é em sua grande parte reinjetado nos reservatórios pelas petroleiras, técnica esta que deverá sofrer restrições da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), em virtude de poder causar danos ao meio ambiente.
Fonte: site Biodiesel BR
*Foto: Divulgação