Amazônia em Casa foi criado em 2020 e agora visa direcionar apoio para 20 negócios que atuam com produtos da sociobiodiversidade amazônica
Recentemente, o movimento Amazônia em Casa, Floresta em Pé abriu uma chamada de negócios para apoiar 20 negócios e organizações de base comunitária que atuam com produtos da sociobiodiversidade amazônica.
Além desse movimento, também existe, desde 2019, o Amazônia Legal, voltado também à iniciativas da região.
Movimento Amazônia em Casa
O movimento de impacto social, que foi criado em junho de 2020, é coordenado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), pela AMAZ Aceleradora de Impacto e pela Climate Ventures, tem como objetivo otimizar a logística e ampliar a visibilidade de mercado desses empreendimentos. As inscrições terminaram no dia 1º de abril (veja link: amazoniaemcasa.org.br/chamada).
Seleção dos negócios
Serão selecionados negócios de impacto que comercializam produtos amazônicos. Mas que tenham compromisso com a manutenção da floresta em pé com a finalidade de contribuir com o equilíbrio do clima do planeta. Já o passo seguinte é a participação em um programa de capacitação e impulsionamento com foco em logística e comercialização.
De acordo com o analista de seleção e aceleração da AMAZ e Idesam, Guilherme Faleiros, essa primeira chamada de negócios foi motivada pela necessidade de acesso a mercados apresentada por pequenos empreendimentos que atuam na Amazônia. E tais organizações já enfrentam desafios em comum de comercialização e logística de seus produtos para o principal polo comercial do Brasil, que no caso é a região Sudeste. Guilherme complementa:
“Serão trocas que desenvolvem soluções inovadoras e estratégias comerciais para levar os sabores e saberes tradicionais até a casa do consumidor brasileiro, conservando a floresta e gerando renda para populações locais.”
Negócios inscritos no Amazônia em Casa, Floresta em Pé
Os negócios que se inscreveram nesta primeira chamada já possuem produto testado no mercado e atuação na Amazônia. Além disso, a projeção é, em dois anos, apoiar 50 empreendimentos da sociobiodiversidade amazônica que contribuam para a conservação de 25 mil hectares de floresta e a geração de renda para mais de 1.000 famílias nas regiões de atuação. Já a expectativa é pela redução em 50% do custo logístico das operações dessas empresas e o crescimento em 100% do faturamento das marcas envolvidas.
Impacto
O movimento Amazônia em Casa, Floresta em Pé gera alto potencial de impacto social e ambiental positivo, a partir de sua principal atividade. E também são capazes de garantir sua visibilidade e sustentabilidade financeira.
Os negócios já membros do Movimento são Manioca, Nakau, Café Apuí, D’Amazônia Origens, Farofa da Amazônia, Peabiru Produtos da Floresta, Terramazonia, Inatu, Cacau River. A expectativa é trazer mais 20 membros em 2022 e ter até 50 membros em 2023.
Apoio regional
Vale ressaltar que nos últimos dois anos, 15 negócios de impacto do Norte foram apoiados por meio de ações de campanhas de marketing com influenciadores digitais, em parceria com o Mercado Livre.
Sobre isso, Guilherme diz que o retorno foi positivo. Isto é, os negócios registraram aumento de vendas durante a ativação destas campanhas e foram apliadas para Estados onde ainda não tinham clientes.
Por fim, a empresária Joana Martins, CEO da Manioca, um dos empreendimentos apoiados pelo AMAZ, indica a aceleradora como fundamental para o desenvolvimento da marca.
“Foi uma ajuda que tornou nossa gestão mais madura e que ampliou os contatos da nossa rede por todo o Brasil. E isso seja pelo fortalecimento do olhar da bioeconomia na região e negócios de impacto ou pelo acesso a financiamento, crédito e orientação para uso dessas ferramentas. De modo geral, tudo o que a AMAZ nos trouxe foi fundamental para chegarmos ao estágio que estamos, com ótimos resultados e planos de crescimento, tanto de impacto quanto de retorno financeiro.”
*Foto: Unsplash