Nos últimos anos, o Brasil vem marcando níveis de supersafra. Um exemplo disso é o milho safrinha, que antigamente atingia produção menor e hoje representa o maior volume de grãos do cultivo produzidos pela agricultura nacional. Além disso, o momento de pós-colheita de cultivares é tão ou mais importante que o período de colheita. É nesta etapa que vem o armazenamento do produto. E com isso, vêm os cuidados para que o local não sofra com pragas. O mesmo vale para as flores silvestres.
Ainda em relação ao milho, novos recordes têm sido atingidos pelos produtores e, em 2020, a segunda safra do cereal do Centro-Sul do país deve atingir novo patamar neste mês. Há uma estimativa de que seja 73,5 milhões de toneladas, um aumento de 0,5% sobre a safra 2018/2019, de acordo com dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Vale lembrar que no mês passado, o milho atingiu altas cotações em diversos estados.
Cuidados no pós-colheita de cultivares
Com este cenário, portanto, é importante que o agricultor tenha cuidado com a pós-colheita de cultivares. Em suma, é ficar atento ao manejo preventivo durante a armazenagem. Isso é essencial para garantir que a cultura mantenha a qualidade e não se desvalorize até o escoamento para os mercados externos e internos.
Sobre isso, Fernando Bernardini, biólogo e gerente de Desenvolvimento de Produtos da unidade de Environmental Science da Bayer Brasil e América Latina, afirma:
“Os cuidados com os grãos pós-colheita devem ser tão rigorosos quanto os tratamentos durante a safra, uma vez que algumas pragas permanecem no milho da lavoura até a estocagem. Ter um grão saudável e com valor de mercado depende da aplicação correta de insumos em todos os estágios. Assim, o produtor deve realizar o manejo integrado de pragas.”
Pragas mais preocupantes
Em relação às pragas, fatores como contaminação por fungos, presença de fragmentos de insetos e estocagem inadequada, podem contribuir para a infestação dos grãos. Sendo assim, pode acarretar em um prejuízo muito grave, comprometendo em torno de 10% a 15% da safra armazenada. Nesta fase, o caruncho é uma das principais preocupações dos produtores, reforça Fernando:
“Estes insetos são capazes de se movimentar por pequenos espaços entre os grãos, inclusive nas áreas mais profundas dos silos e infectar os insumos. Entre os danos causados por esta praga estão: perdas no peso do grão, aumento da umidade, disseminação de microtoxinas por meio de fungos e dificuldades para exportação e comercialização dos produtos.”
Ação de manejo adequado
O biólogo complementa que a primeira ação de manejo adequado é higienizar a unidade de armazenagem. Ou seja, remover resíduos e fazer a checagem dos grãos que chegaram da lavoura. Depois dessa etapa, ele explica que há dois principais métodos de controle que previnem os grãos dos carunchos. O primeiro diz respeito a inseticidas químicos (tratamento preventivo). Já o segundo é o expurgo, que é um gás com fosfeto de alumínio (fosfina) que protege o silo somente na hora da aplicação, conclui:
“Caso o armazenamento dure por mais de um mês, os grãos e sementes podem ser tratados preventivamente para obter proteção contra o ataque das pragas, com inseticidas no momento de armazenar nos silos. A Bayer possui produtos para o controle de insetos no pós-colheita, que podem ser utilizados para manter a saúde e qualidade da safra. Além disso, nós possuímos um Programa de Proteção, uma parceria com controladoras profissionais selecionadas para oferecer o melhor serviço para o produtor.”
*Foto: Divulgação